Julho - 2024 - Edição 301
A ética na inteligência artificial
Pela primeira vez, o Tribunal
Superior Eleitoral propôs a formulação
de regras objetivas para utilizar a inteligência artificial (IA) nas próximas eleições. Era uma necessidade da qual não
se poderia prescindir. Quem descumprir regras de transparência
poderá sofrer punições de todo tipo.
Assim se vê que a IA é uma ferramenta que não é só útil para
produzir resumos, organizar informações e construir textos do
cotidiano. Suas virtualidades vão além e será uma grande atração
no ano de 2024. O GPT-5 virá cheio de novidades. Estamos próximos da existência de agentes inteligentes, dos quais devemos
cobrar um comportamento ético de primeira ordem. Deve-se
conter, em limites apreciáveis, o uso disseminado da ferramenta.
Sob esse aspecto, não se quer a manipulação de eleições, pois isso
seria um retrocesso.
O que se sabe é que a IA pode (e muito) ajudar a restaurar a
humanidade essencial. E na Medicina, como no caso das arritmias
cardíacas, lesões cutâneas e infecções, por meio de Chatbots, a IA
responde a perguntas de saúde, aliviando o trabalho de médicos
e demais profissionais da área. Eles ficam com mais tempo para
cuidar dos seus afazeres.
É claro que a IA tem desdobramentos éticos inevitáveis.
Pensemos na questão da privacidade. Devemos proteger os seres
humanos de explorações indesejadas. O seu uso poderá provocar
a substituição de empregos tradicionais. Isso deve acontecer de
maneira cuidadosa.
Pode-se resumir essa contribuição para um futuro mais
inclusivo, com a esperança de que os algoritmos não reforcem
preconceitos. Isso seria altamente indesejável. O exercício da ética
será essencial, no desabrochar de todo esse processo.
A ciência assinala progressos diários na matéria, como a
versão gratuita, disponível em 170 países, inclusive o Brasil. Já o
Google desenvolveu três versões do Gemini: Ultra, Nano e Pro.
Serão úteis nos desafios de raciocínio, linguagem, matemática,
programação e conhecimentos gerais.
Quem poderia sonhar com tantas conquistas, há 10 ou 15
anos atrás? E há muito o que se esperar de tantos e tão competentes cientistas do mundo inteiro que nos surpreendem a cada
momento.