Outubro - 2023 - Edição 296
O sucesso da Bienal
A última Bienal do Livro, no
Riocentro, foi a maior de todos os tempos. Em termos de comparecimento de
público e também de venda de livros.
Isso deixou felizes os nossos editores,
antes desolador por uma perspectiva
nada animadora. Parecia inexorável a supremacia do digital, mas
não foi o que se viu. Curioso é que essa volta do interesse pelo livro
impresso foi também um fenômeno que aconteceu recentemente
na Suécia e em outros países.
Comecei a minha visita pela ida ao belo estande da
Secretaria de Estado de Educação, a convite da sua titular, professora Roberta Barreto de Oliveira. Falei a alunos e professores, destacando a necessidade de priorizar os recursos para a educação e
a formação dos mestres, por intermédio dos renovados cursos de
Pedagogia.
Depois, em companhia do jornalista Ancelmo Góis, fui
para o estande da Academia Brasileira de Letras (ABL). Primeira
emoção: um encontro com a imagem de Machado de Assis, em
tamanho natural. Que boa ideia! Respondi a algumas perguntas,
sobretudo em relação às expectativas sobre o emprego de tecnologia na educação, como é o caso da inteligência artificial. Falei
da necessidade de avançar com todos os cuidados possíveis, para
evitar que caiamos em alucinações indesejadas. A IA é consequência, como ferramenta, da junção de hardware e sofware e já se
encontra em todo o mundo desenvolvido.
O auditório estava cheio e pareceu muito interessado. De lá
veio a pergunta: “Como melhorar a educação brasileira?” Respondi
falando do recente encontro com o ministro da Educação, em
Brasília, na comemoração do aniversário da ABMES, hoje presidida pelo prof. Celso Niskier, reitor da Unicarioca, e que se encontrava presente no estande da ABL. Disse ao ministro que a educação
não suporta mais os cortes em suas verbas. Elas são sagradas.
Depois, um aluno quis saber como fazer sucesso na carreira profissional. Falei que o estudo permanente é o melhor
caminho. Ainda pude fazer referência ao futuro da educação a
distância (EAD), modalidade que ajudei a colocar na lei Darcy
Ribeiro, quando membro do Conselho Nacional de Educação. A
EAD é muito útil, mas deve ser tratada com qualidade.