Setembro - 2023 - Edição 295
Festa da educação
Com a presença de mais de 200
pessoas, realizou-se em Brasília a festa da
Associação Brasileira das Mantenedoras
de Ensino Superior (ABMES), em que
se fez pela sexta vez a entrega do seu
Prêmio de Jornalismo. O júri, constituído
por Merval Pereira, Marcos Vilaça e Arnaldo Niskier, contemplou
os oito trabalhos mais identificados, em nível nacional, com as
perspectivas da educação brasileira.
Assinala-se um fato palpável: desde que a ABMES constituiu esse prêmio, a cobertura de jornais e emissoras de rádio e
televisão tem aumentado muito, com sugestões concretas sobre
o aperfeiçoamento da relação do país com a educação e os meios
de comunicação.
Nessa oportunidade, por uma feliz decisão do presidente
da ABMES, professor Celso Niskier, esteve presente à solenidade
o ministro da Educação, Camilo Santana, que fez na ocasião um
importante pronunciamento, o que valorizou em muito o evento
mencionado.
Todos os premiados puderam fazer declarações. Fazendo
parte da mesa, tive a oportunidade de destacar o valor da promoção. “Foram 290 trabalhos de excelente nível, o que dificultou
enormemente a escolha dos vencedores. Foi a primeira vez que
atingimos um número tão elevado – disse na ocasião.
Na oportunidade, foi prestada homenagem à memória do
educador Edson Franco, do Pará, recentemente falecido, e que foi
presidente da ABMES.
Tendo o ensejo de falar, critiquei a decisão do governo de
São Paulo, que recusou os livros impressos do Programa Nacional
do Livro Didático, sob a alegação de que são muito superficiais. A
Secretaria de Educação sugeriu empregar, da 6ª à 9ª série, materiais digitais. Essa escolha não tem ainda uma comprovação científica – e é considerada uma verdadeira temeridade. O secretário
de Educação ficou de reconsiderar a medida.
A verdade é que nem todas as escolas públicas de São Paulo
podem adotar a medida, com a necessária eficiência. E o resto do
Brasil seguramente não tem condições de acompanhar essa providência discutível.