Julho - 2020 - Edição 269
A educação não pode parar
Em A Educação Não Pode Parar (ABMES Editora, 2021),
Celso Niskier faz uma síntese dos desafios, conquistas e
pautas que marcaram a educação superior brasileira, nos
últimos anos.
A coletânea, com 286 páginas, organizada em cinco grandes
temas, reúne cem artigos publicados pelo reitor da UniCarioca
no blog da Associação Brasileira de Mantenedores do Ensino
Superior (ABMES), entre abril de 2015 e março de 2021.
Com linguagem acessível, narrativa agradável e conteúdo profundo, os textos navegam desde suas memórias e
inspirações para a criação da então Faculdade Carioca de
Informática até os aprendizados pessoais, institucionais e
acadêmicos, obtidos com experiências presenciais e virtuais,
passando por diversos cenários, que incluem as imponentes muralhas da China.
No prefácio, o presidente do grupo Ser Educacional, Janguiê Diniz, ressalta as qualidades e a referência de empreendedor educacional inspiradoras do professor Celso:
“Além de um grande amigo, ele é para mim inspiração e referência de empreendedor
educacional. Quando o ‘DNA educador que herdou do pai, Arnaldo Niskier, falou
mais algo, fundou a então Faculdade Carioca de Informática, hoje UniCarioca, da
qual é reitor.”
Fundador e reitor do Centro Universitário UniCarioca, membro da Academia
Internacional de Educação, entre outras intuições, Celso Niskier é doutor em
Informática, com especialização em Ciência da Computação Gráfica na Imperial
College de Londres.
Mania de fotografar o Rio
No belo livro Mania de Fotografar o Rio (Ed.
CRV, 2021), Bayard Do Coutto Boiteux expõe
sua visão sensível e particular de retratar o
Estado do Rio de Janeiro.
Com suas singularidades e belezas naturais,
os registros sob as lentes do fotógrafo, professor renomado, captam todo o amor que
ele próprio nutre pelo conjunto de belezas
naturais e culturais que compõem a oferta turística fluminense: “As comunidades
trazem uma beleza contraditória da desigualdade. Caminho e encontro, sofrimento e
alegria no rosto dos que nos acolhem”, explica o autor.
A publicação divide-se em 9 capítulos, que registram desde fotos da capital do Estado,
passando pelo Vale do Café, Ilha Grande, Niterói, Petrópolis e outros municípios,
como Paty do Alferes, Rio Claro e Mangaratiba.
No prefácio, a vice-presidente de relações públicas da Associação de Embaixadores
de Turismo do RJ, Viviane Fernandes, cita frases do mestre Bayard: “A vida tem cores
diferentes, sentidos distintos, saudades eternas e buscas constantes. Caminho cheio
de descobertas e verdades não absolutas e passageiras. É preciso simplesmente deixá-la passar e embarcar no mundo da felicidade.”
Bayard Do Coutto Boiteux é professor universitário, escritor, pesquisador e funcionário público. Trabalha voluntariamente no Instituto Preservale e na Associação dos
Embaixadores de Turismo do RJ. É autor de 47 livros.
Baal
Baal (Ed. Record, 2019) é o vigésimo sexto livro da escritora e psicanalista Betty Milan. O patriarca e personagem
principal desse romance narra um drama ambientado no
século XIX, mas atual: o da imigração.
A obra se inscreve na tradição dos livros escritos por descendentes de imigrantes (a autora é de origem libanesa) e,
por ter um narrador defunto, na tradição de Machado de
Assis, autor de Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Betty Milan é paulista. Autora de romances, ensaios,
crônicas e peças de teatro. Colaborou com os principais
jornais brasileiros e foi colunista da Folha de S. Paulo, Veja
e Veja.com. Trabalhou para o Parlamento Internacional
dos Escritores, sediado em Estrasburgo. Em 1998 e 2015, participou como convidada de honra do Salão do Livro de Paris. Em 2014, representou a literatura brasileira
contemporânea na Feira Internacional do Livro de Miami (EUA). Em 2019, participou da Lebanese Diáspora Energy em Beirute, onde foi homenageada por sua
contribuição ao país natal dos ancestrais. É diplomada pela Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo (FMUSP) e teve formação em Psicanálise na França,
orientada por Jacques Lacan, de quem foi assistente no Departamento de Psicanálise
da Universidade de Paris VIII.
Dom Orani
Na obra Dom Orani – O Cardeal de
Todos. O Cardeal do Brasil (Ed.
Promídia, 2020), o jornalista mineiro
Dauro Machado lança um olhar sobre o Cardeal Arcebispo do
Rio de Janeiro, uma das mais importantes personalidades da
Igreja Católica na América Latina.
Na apresentação, Ramon Assis da Silva chama a atenção
para a dignidade e humildade do monge da Ordem dos
Cirstercienses: “D. Orani, assim que criado Cardeal pelo Papa
Francisco, não só observou a carta do Santo Padre, direcionada aos novos cardeais, que diz ‘O cardinalato não significa
uma promoção, uma honra ou uma condecoração; é simplesmente um serviço e exige que se alargue o coração’.”
No prefácio, assinado pelo monsenhor comendador André Sampaio de Oliveira, a
simplicidade do cardeal da Santa Romana Igreja também é destacada: “Acessível
a todos que o procuram ou que o interpelam, sobe e desce por comunidades, de
maneira incansável, no tempo ordinário das coisas litúrgicas, como na Quaresma,
na Semana Santa, no Tempo Pascal, no Advento, no Tempo de Natal. E, sempre como
Cristo, um arauto da simplicidade empunhando a sua cruz peitoral que lhe foi presenteada pelo Papa Bento XVI, que o nomeou Arcebispo de São Sebastião do Rio de
Janeiro, por toda a cidade.”
A dama
A Lugar-Tenente da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de
Jerusalém, Comendadora com placa Isis Terezinha da Cunha
Penido, teve a sua trajetória à frente da milenar ordem religiosa registrada no livro A Dama (Ed. Promídia, 2020), do
jornalista mineiro Dauro Machado.
Com uma narrativa abrangente, resumindo o vasto trabalho
dessa mineira radicada no Rio de Janeiro, ao longo de 16 capítulos, a obra nos oferece um panorama da intensa atividade
de Isis Penido, reconhecida como uma das mais atuantes
católicas na Arquidiocese do Estado, ao longo de sua trajetória de quase três décadas na OESSJ, instituição tutelada pela
Santa Sé.
No prefácio, o jornalista Aristóteles Drummond, Comendador da Ordem, elogia a
dedicação da Lugar-Tenente: “Ao descrever Isis Terezinha Penido, é preciso logo situar
sua vida como a de alguém que foi abençoada com o dom da fé e do compromisso.”
No prólogo, a jornalista e Dama da Ordem Manoela Ferrari endossa a trajetória da
biografada: “Semeando gestos e atitudes de amor, Isis Penido transformou o transitório em marcas permanentes que definem a vida exemplar de pessoas que acolhem,
com verdade, docilidade e humildade, ao chamado do serviço de Deus.”
Uma das maiores personalidades da comunicação em Minas Gerais, o jornalista
Dauro Machado é mineiro de Além Paraíba, bacharel em Direito e Cavaleiro da OESSJ
desde 2017.
Uma vida quase perfeita
A coleção Beagá Perfis chegou ao sexto título, fiel à qualidade
desde o início. Na obra Lúcia Machado de Almeida: uma vida
quase perfeita (conceito editorial, 2020), Régis Gonçalves recupera informações preciosas sobre os noventa e cinco anos da
existência da protagonista. Com sua prosa sofisticada, o autor
expõe o legado da notável escritora mineira, ao longo de 235
páginas.
Discorrendo sobre a vida e sobre os inúmeros trabalhos literários, o livro inicia com uma “advertência metodológica” do
autor: “o exercício da mais sincera empatia foi a maneira que
encontrei para colocar reticências onde a morte parece haver
depositado um ponto final. A vida é um desenrolar trôpego e
inesperado que, em certo momento, se interrompe. Esta é uma tentativa de dar-lhe
continuidade, reconquistando o que dela foi depositado como memória.”
Régis Gonçalves é jornalista, poeta, ficcionista e biógrafo mineiro, nascido em santa
bárbara, em 1940. Estudou sociologia na universidade federal de minas gerais. É
autor, entre outras publicações, de Queima de Arquivo; Opus Circus; Trama Tato Texto;
O Arquiteto da Cena; e Retratos Erráticos.