Lançamentos - 2023 - Edição 291

Primeira-dama

No livro Janja, a Militante que se Tornou Primeira-dama (Máquina de Livros), os jornalistas Ciça Guedes e Murilo Fiuza de Melo traçam um perfil detalhado da socióloga Rosângela da Silva, a Janja. Com informações inéditas, produzidas a partir de entrevistas e de uma minuciosa pesquisa, são reveladas as suas lutas em defesa dos direitos das mulheres e das minorias, o trabalho como executiva na maior hidrelétrica do país, os bastidores de sua atuação enquanto Lula esteve preso e o dia a dia com o presidente.
Se Lula teve em outros mandatos muita influência de figuras como o ex-ministro José Dirceu e o publicitário Duda Mendonça, desta vez ele conta, como principais conselheiros, com pessoas que o acompanharam ao longo de seu período na prisão. Ao lado de Gleisi Hoffmann e Fernando Haddad, Janja é um dos personagens mais proeminentes deste grupo – afirma Murilo. Jornalistas com passagem pelas principais redações do país, Ciça Guedes e Murilo Fiuza de Melo são referência quando o assunto é primeira-dama. É deles o elogiado Todas as Mulheres dos Presidentes, único livro que analisa o papel de todas as primeiras-damas brasileiras desde o início da República, em 1889, também lançado pela Editora Máquina de Livros.

Alzheimer

Um cérebro fortalecido é parte fundamental de um estilo de vida sustentável e equilibrado. Em seu novo livro, Os Primeiros Sobreviventes do Alzheimer – Como pacientes recuperam a vida e a esperança (Editora Objetiva), o médico Dale E. Bredesen reúne relatos de sete sobreviventes que adotaram seu protocolo e contam, com suas próprias palavras, o triunfo de terem superado o Alzheimer.
Imagine receber a notícia de que você tem Alzheimer. Agora imagine que, em lugar de escutar que não há esperança, você descubra que a doença é tratável e, melhor ainda, que seus filhos, seus netos e as próximas gerações de sua família conseguirão evitar essa doença. Além de inspirador, este é um livro que trata também de como aprimorar nossa cognição. Todas as ferramentas apresentadas e descritas aqui o ajudarão a viver melhor, independentemente de seu estado atual. É uma abordagem que exige mais esforço do que simplesmente engolir um comprimido, mas produzirá o tipo de mudança que realmente importa. Agora, em narrativas comoventes, você conhecerá os desafios e a luta dos primeiros pacientes a superar a doença de Alzheimer.

Mistério

O investigador Cláudio se depara com um objeto na cena de um suposto crime. Incapaz de descobrir seu uso, consulta o velho Oto, um policial aposentado. Os crimes em série que vêm investigando são um mistério além da compreensão da polícia. A prisão do escritor Carlos Perissé Berger parece ser a chave para desvendar crimes fatais bem planejados contra corruptos e outros bandidos. É um alívio para os agentes Cláudio e Fabrício, sempre um passo atrás dos responsáveis por essas mortes seguidas de gente influente. Ao fazer buscas na casa do escritor, o investigador Cláudio vê Clara, uma menina que adora ler sentada na janela.
O encontro com a criança faz sua vida mudar para sempre. Impossível não se envolver com o drama pessoal daquela família destroçada pela irresponsabilidade de um motorista drogado. A caçada aos integrantes do grupo que secretamente julga e pune criminosos absolvidos pela justiça mantém toda a polícia e os corruptos em um clima de suspense. E tudo se complica quando as investigações começam a apontar um possível envolvimento de Lúcia, a bela namorada de Cláudio, com a instituição por trás de toda a trama. Leitura envolvente, do princípio ao fim, com um final surpreendente. A Menina que Lia na Janela, de Álvaro Hill Maestrini, sai sob a égide da Editora Albatroz.

Envolvimento Obscuro

Sem a colaboração direta da alta sociedade da Alemanha nazista, nos anos 1930 e 1940, o Holocausto não teria acontecido. Esta é a premissa do romance histórico O Engenheiro da Morte: A participação da elite alemã no Holocausto (Editora Vestígio), escrito por Marcio Pitliuk, escritor e cineasta, é um dos maiores especialistas brasileiros no assunto Holocausto e, desde 2008, se dedica a divulgar o que é considerado o maior crime contra a humanidade no século passado.
A obra trata de um assunto pouco conhecido: o envolvimento direto de industriais, empresários, engenheiros, arquitetos, banqueiros, médicos, advogados, em síntese, de grande parte da elite alemã no maior genocídio da história contemporânea. O único propósito dessas pessoas, segundo o autor, foi enriquecer e aumentar os lucros de suas empresas, como Volkswagen, Siemens, Dr. Oetker, Deutsche Bank, BMW, Krupp, entre outras ainda hoje na lista das mais valiosas do mundo. O Engenheiro da Morte é um thriller envolvente, desde o primeiro capítulo, com as revelações do autor sobre o Holocausto ou Shoah (calamidade) para os judeus; o assassinato de seis milhões de judeus, crianças, adultos, idosos, homossexuais, ciganos, opositores políticos, deficientes físicos e mentais e testemunhas de Jeová.

Notícia-crime

Após dez anos à frente de superintendências em três estados da Amazônia, Alexandre Saraiva foi parar nas manchetes dos jornais: primeiro, por liderar a operação responsável pela maior apreensão de madeira ilegal da história do país; depois, por apresentar ao STF uma notícia-crime contra o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acusando-o de obstruir a fiscalização. Em uma atitude insólita – porém coerente com a política de destruição ambiental do governo Jair Bolsonaro –, Salles havia questionado o trabalho policial e exigido que a carga de 226 mil m3 fosse devolvida aos madeireiros investigados.
A resistência de Saraiva, que não se intimidou diante das pressões políticas, resultou em sua exoneração do cargo de superintendente regional. Ele também passou a receber mais ameaças de morte e ainda hoje precisa lidar com uma implacável perseguição por meio de processos administrativos e judiciais. Em Selva: Madeireiros, garimpeiros e corruptos na Amazônia sem lei (Editora Intrinseca), Alexandre Saraiva relata os bastidores de sua demissão e oferece uma radiografia da extensa e longeva cadeia de relações escusas que sustentam o crime ambiental no país, com suas ramificações na política, na polícia e no judiciário.

Nos Braços do Amor

O Amor Esquece de Começar, (Bertrand Brasil) agora com nova capa, nos leva a uma viagem pelo universo feminino e passeia pela estação do amor, o sentimento que é personagem principal nos textos de Carpinejar. A cada página há uma nova descoberta, um novo amor. O amor de mãe, amor de quem tem medo de amar, amor para quem ama intensamente, amor fraterno e compartilhado entre amigos. O autor consegue caminhar entre o prazer e a melancolia, indo da euforia do primeiro beijo ao desconsolo de uma mãe que perdeu o filho. Tudo isso está envolvido pelos braços do amor.
Carpinejar ondula sua escrita representando perfeitamente os papéis do homem e da mulher nos relacionamentos, mas deixando claro que a voz principal é a feminina. A mulher não está sozinha em sua solidão inquietante aos olhos de Fabrício. Ele explora o amor de forma leve, descreve cada detalhe de sua amada com confiança, mostrando que é capaz de ter a sensibilidade de observar e estudar o sentimento alheio, sendo impossível não tomar pelo menos um dos textos como uma lição romântica. Deixando claro seu fascínio pela figura da mulher, o autor conclui que a admiração é uma das bases do amor, assim como o respeito e a cumplicidade.