Fevereiro - 2021 - Edição 276

Relógio genético

Um livro revolucionário do aclamado especialista em longevidade. Uma verdade, quase inegável, é a inevitabilidade do envelhecimento. Mas e se tudo o que nos fizeram acreditar sobre ele estiver errado? Como apresentado neste livro inovador pelo Dr. David A. Sinclair, aclamado cientista da Harvard Medical School e uma das pessoas mais influentes da revista Time: O envelhecimento é uma doença, e ela é tratável. Este trabalho revelador e provocativo nos leva às linhas de frente da pesquisa que ultrapassa as fronteiras de nossas limitações científicas e evidencia avanços incríveis – muitos do próprio laboratório de Sinclair – que demonstram como podemos desacelerar, ou até mesmo reverter, o relógio genético. Por meio de sua narrativa empolgante, Sinclair convida o leitor a embarcar no processo de descoberta científica, revelando as tecnologias emergentes e as simples mudanças de estilo de vida que têm sido demonstradas para nos ajudar a viver mais jovens e saudáveis por mais tempo. Ao mesmo tempo, um roteiro para assumir o controle do destino da nossa própria saúde e uma nova visão ousada sobre o futuro da humanidade, Tempo de vida: por que envelhecemos – e por que não precisamos Editora Alfa Cult) mudará para sempre a maneira como pensamos sobre por que envelhecemos e o que podemos fazer sobre isso. “Um livro elegante e animador, que merece ser lido ampla e profundamente.’’ – Siddhartha Mukherjee, vencedor do Prêmio Pulitzer e autor best-seller número 1 do New York Times”.

Destinos de Cuba

O dia começa mal para Adela, jovem nova-iorquina de ascendência cubana, quando ela recebe uma ligação de sua mãe, que não está contente com as escolhas que a filha fez de se mudar para Miami e viver com Marcos, um jovem cubano recém-chegado aos Estados Unidos. Marcos conta a Adela histórias de sua infância na ilha, em meio ao Clã de amigos de seus pais, e lhe mostra uma foto da última refeição que o grupo teve 25 anos antes, quando ele era criança. Surpreendentemente, Adela descobre alguém familiar entre os rostos. E perde o chão. Como Poeira ao Vento (Editora Boi Tempo) de Eduardo Padura é a história desse Clã que sobreviveu ao exílio e à dispersão. O que aconteceu aos que partiram e aos que decidiram ficar? Como o tempo os transformou? O magnetismo do sentimento de pertencer e a força do afeto os aproximará novamente? Ou a vida deles agora é apenas poeira ao vento? Num enredo cheio de suspense, encontros, desencontros e reencontros, Padura acompanha a trajetória de seus personagens, todos e cada um buscando soluções para as difíceis circunstâncias que se abateram sobre o povo cubano no fim do século XX e no início do século XXI. É a história de uma Cuba e de muitos destinos. O livro já foi lançado na Espanha e na França, onde tem sido muito bem recebido. Na França, foi um dos indicados ao Prix Médicis Étranger, conceituado prêmio de romances estrangeiros. Uma leitura deslumbrante, um retrato humano comovente, outra obra-prima de Leonardo Padura.

Os mineiros

Desde os anos 1970, Sergio Miceli se destacou como estudioso da trajetória de intelectuais. Seus muitos trabalhos transformaram o modo de entender as relações entre cultura e sociedade. Este livro dá continuidade a esse projeto singular. No centro da análise estão Carlos Drummond de Andrade e seus contemporâneos em Minas Gerais. Aos vinte e poucos anos, Drummond dispunha de menos trunfos que os colegas. Sua formação dera-se em farmácia – o caminho natural seria o direito. Havia acabado de consumar um casamento que não lhe trouxe capital econômico ou social. E sua família estava falida. A proximidade com Gustavo Capanema, interventor em Minas e mais tarde homem forte do Estado Novo, é a chave que torna inteligível não só o seu percurso profissional na juventude, mas também as possibilidades de sua expressão poética. Se a contribuição da obra de Drummond não pode ser reduzida a essa circunstância – e Miceli é o primeiro a reconhecer isso –, ela também não pode ser entendida longe desse contexto. Lira Mensageira: Drummond e o grupo modernista mineiro (Editora Todavia) traz ainda olhares sobre o modernismo paulista e sobre a classe política na Era Vargas. Em ensaio com foco nas obras de estreia de Cassiano Ricardo, Menotti del Picchia, Ribeiro Couto, Guilherme de Almeida, Plínio Salgado, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, Miceli traça um panorama do escrete literário que integraria a Semana de 22, cravejado de tensões que seriam diluídas na fortuna crítica posterior. No terceiro e último texto, o autor examina a elite política dos anos 1930 e 1940 a partir do embate entre a União Democrática Nacional e o Partido Social Democrático, ainda hoje reconhecível nas feições da classe dirigente brasileira.

Linha tênue

Livro Aberto (Editora Alta Life) não é só uma história sobre adversidades, mas também sobre uma tremenda resiliência – é um retrato dolorosamente honesto da vida de uma mulher. Por décadas, Demi Moore foi sinônimo de glória. Dos papéis icônicos aos relacionamentos, ela nunca saiu dos holofotes – nem das manchetes. Mesmo quando ela era a atriz mais bem paga de Hollywood, seu passado a assombrava, com as dúvidas e as inseguranças que definiram sua infância. Traumas, vícios e problemas com imagem corporal a acompanhariam por anos – enquanto lutava contra a superexposição e a linha tênue de uma percepção pública negativa. Neste livro de memórias profundamente sincero e reflexivo, Demi Moore torna sua vida um livro aberto – o relacionamento conturbado com a mãe, seus casamentos, suas lutas para equilibrar o estrelato com a criação de uma família e sua jornada de autoconhecimento. Demi Moore é uma atriz, produtora, modelo e compositora norte-americana. É conhecida por suas atuações em filmes como Ghost (1990), Proposta Indecente (1993), Striptease (1996) e muitos outros. Ela deu voz à personagem Esmeralda, da animação O Corcunda de Notre Dame (1996), da Disney. Além da carreira, sua vida pessoal foi alvo de grande escrutínio da mídia, em particular seus casamentos com o ator Bruce Willis e depois com o ator Ashton Kutcher. Demi Moore vive em Hailey, em sua casa que se parece com um globo de neve, de frente para as árvores que levam ao rio, com montanhas cobertas de neve se estendendo por trás.

Rock e outros

Desde a década de 1980, Dave Grohl está bastante presente na cena rock dos Estados Unidos. Com passagens pelo Nirvana, Scream, Queens of the Stone Age, entre muitas outras bandas e colaborações, as últimas quatro décadas têm sido, no mínimo, animadas para o líder e vocalista do Foo Fighters. Em O Contador de Histórias – Memórias de vida e música, com tradução de Alexandre Raposo, Jaime Biaggio e Leonardo Alves, Grohl relembra sua trajetória marcada por situações bizarras, dores inimagináveis e conquistas ainda maiores em um livro repleto de reflexões sobre rock, família e as encruzilhadas que encontramos na vida. Não é preciso ser fã do Nirvana ou do Foo Fighters para saber que Dave Grohl é uma das figuras mais queridas e respeitadas da música mundial. De sua entrada na banda punk Scream, no fim da adolescência, até o sucesso do Foo Fighters – passando pelos estrondosos anos no Nirvana –, tem uma trajetória marcada por situações bizarras, contratempos inimagináveis, contratempos descomunais e ainda maiores. Em O Contador de Histórias, uma reunião de memórias de todos os períodos de sua vida, ele algo raro: um retrato íntimo e sincero de uma vida extraordinária feita de momentos comuns – e outros nem tanto assim. Repleto de nomes sobre rock, família, carreira e as encruzilhadas que encontramos na vida, esta autobiografia traz a perspectiva de um dos maiores nomes do rock sobre a fama, em relatos carregados de honestidade, emoção e humor. Da infância até os dias atuais, seja falando de seu amor visceral pela música, de sua conexão com sua cidade natal ou do orgulho que sente das filhas, o músico entrega agora em prosa toda a verdade que encontra em suas canções.

O rei

Roberto Carlos é o maior ídolo da história da música popular brasileira. Recordista em vendas de discos é dono dos maiores sucessos do nosso cancioneiro popular, atingindo todas as idades e classes sociais. Neste primeiro volume da biografia Roberto Carlos Outra Vez (Editora Record), Paulo Cesar de Araújo parte de extensa e minuciosa pesquisa em documentos, arquivos, acervos e depoimentos para narrar o começo da vida e da carreira daquele que é chamado de Rei, da infância de menino pobre no interior do Espírito Santo ao estrelato. Autor de Roberto Carlos em Detalhes (2006), alvo de disputa judicial que abriu caminho para a histórica decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a liberação de biografias não autorizadas, Paulo Cesar de Araújo volta ao seu biografado mais ilustre com um livro novo, totalmente refeito e que faz um casamento muito original entre as canções mais conhecidas e cada etapa da vida do artista. O livro é repleto de informações e histórias inéditas, curiosidades e detalhes incríveis, inclusive sobre como nasceram e foram gravados hits como Jesus Cristo, Sua estupidez, Quero que vá tudo pro inferno, É preciso saber viver, As curvas da estrada de Santos e Como é grande o meu amor por você. Reconhecido hoje internacionalmente como um ícone romântico, neste volume vemos o jovem Roberto iniciando-se na bossa nova, depois astro do rock – dos musicais de televisão e do cinema. Com o parceiro Erasmo Carlos e outros que se tornariam grandes nomes da nossa música, estabeleceu as bases para o rock nacional. A Jovem Guarda influenciaria o comportamento da nossa juventude e a forma como a sua trilha sonora seria feita no país, alçando o cantor a um nível de sucesso inimaginável – uma beatlemania à brasileira, que provocaria debates, polêmicas e passeatas contra a guitarra.