Setembro de 2020 - Edição 259
O Brasil teve uma série de grandes cantoras populares, como
Emilinha Borba, Marlene, Ângela Maria, Nora Nei e Elizeth Cardoso.
Desse grupo, certamente também fez parte a gauchinha Eis Regina,
que, cedo, saiu de Porto Alegre para tentar a vida no Rio de Janeiro.
Conseguiu fazer sucesso, com sua extraordinária voz e uma capacidade
ímpar de interpretação. Quando nascia para o sucesso, na década de
1950, tive o privilégio de entrevistá-la para a revista Manchete. Ela veio,
com toda humildade, para a redação na rua Frei Caneca, nº 511. Ficamos
juntos, no 2º andar, por quase duas horas, até que ela contasse sobre os
seus planos e a imensa vontade de alcançar as luzes do sucesso, que não
era para todos. Isso acabou acontecendo e o seu nome foi inscrito no
primeiro time das cantoras de rádio, que, na ocasião, era o termômetro
do êxito. Quando veio a televisão, participando dos grandes festivais da
época, Elis Regina ficou mesmo no primeiro time. Daí a justa homenagem
que o Jornal de Letras presta à sua memória, nesta edição. O seu
nome ficou na história – e esse é um dado eminentemente cultural.
O Editor