Abril - 2023 - Edição 290
Whittney de Araújo, uma artista vencedora
No final de outubro do ano passado, a jovem desenhista pernambucana Whittney de Araújo foi classificada e premiada na 20ª
exposição da organização americana Embracing Our Differences
(Abraçando Nossas Diferenças), que ocorre na Flórida, EUA. O
concurso abrange duas categorias, adulto e estudante, e envolveu,
nesta edição, mais de 13.700 obras de 119 países. A mostra das artes
classificadas e premiadas são exibidas em três locais diferentes na
Flórida. Inicialmente, a exposição ficou aberta entre 18 de janeiro
a 12 de março, ao ar livre em banners de grande formato no parque Bayfront. Depois, entre
os dias 22 de março a 19 de
abril, no parque Butler e,
a partir de 26 de abril a 29
de maio, será montada no
State College of Florida.
Embracing Our
Differences é uma organização sem fins lucrativos com
sede em Sarasota, Flórida,
que utiliza do poder da arte,
educação e informação
para expandir a consciência e celebrar a diversidade.
Por meio de uma exposição
de arte anual, em grande
escala, com júri e uma série
abrangente de iniciativas,
programas e recursos educacionais projetados para
professores e alunos, a EOD
está comemorando seu 20º
aniversário. No site do projeto (embracingourdifferences.org), o leitor do Jornal
de Letras pode conhecermais sobre as iniciativas da organização.
Whittney de Araújo, que
recentemente formou-se pelo
IFPE – Instituto Federal de
Pernambuco, Olinda, no curso
Técnico em Artes Visuais, inscreveu uma criativa arte intitulada
“Somos todos pérolas”, obra inspirada na histórica pintura “Moça
com brinco de pérolas”, do pintor holandês Johannes Vermeer
(1643/1675). Na arte criada por
Whittney, oito mulheres aparecem sentadas cada uma diante
de uma versão diferente da personagem criada por Vermeer. Na
obra, vemos uma jovem negra (que eu arrisco em afirmar ser a
própria artista), uma indígena, uma amputada, uma frágil figura
representando uma portadora da síndrome de progéria (doença
caracterizada pelo envelhecimento precoce em crianças), uma
mulher com vitiligo, outra jovem vestida fora dos padrões femininos, uma cadeirante e uma mulher que parece representar a
religiosidade que, propositalmente, surge cortada como se a cena
pudesse se estender para outras diversidades. “Queria deixar uma
ideia de continuidade, ou seja, nunca vai acabar os diferentes tipos
de pessoas, sempre vai existir mais e mais diferenças”, explica a
talentosa Whittney.
A desenhista brasileira foi agraciada, na categoria adulto, com um prêmio no valor de US$ 2 mil e ganhou destaque na imprensa de seu Estado, além do reconhecimento dos internautas que passaram a seguir a artista nas redes sociais. No perfil @w.whittney_arts, a desenhista e pintora exibe seus ótimos trabalhos no Instagram, e aceita encomendas dos visitantes.
Saúde e Arte!