Janeiro - 2022 - Edição 275

O eclético Mattias No início dos anos 1990, João Carlos Matias surgiu no Senac de Madureira como um jovem candidato a desenhista de humor. O novato era fã incondicional do cartunista Ique, que na época estourava com suas charges no Jornal do Brasil e de quem recebeu claras influências e, anos mais tarde, tornou-se amigo. Em pouco tempo, Mattias (como passou a assinar suas artes), destacou-se naquela escola e passou a frequentar alguns dos salões de humor mais tradicionais do país. Logo na primeira participação, recebeu uma importante premiação no VI Salão Carioca de Humor, da Sala de Cultura Laura Alvim, em 1993, quando o artista emplacou uma caricatura do então presidente da república Itamar Franco, ficando em 3º lugar. A partir daí, Mattias se destacou em outros concursos semelhantes, e, já no ano seguinte, o cartunista foi premiado com o 1º lugar no Concurso Nacional de Charges, evento organizado pela Cultura Inglesa. Em 1995, mais experiente, Mattias voltou ao Salão Carioca de Humor e recebeu 5 prêmios, sendo quatro menções honrosas e um primeiríssimo lugar com uma escultura humorística; e, em 1996, participou do Salão de Humor de Volta Redonda, sendo agraciado com a primeira colocação na categoria Histórias em Quadrinhos, além de ter marcado presença em outros eventos nacionais e internacionais, sendo muitas vezes classificado e premiado.

Numa dessas participações internacionais, o artista representou o Brasil no 37th International Cartoon Festival of Knokke-Heist, na Bélgica, em 1998. O cartunista nasceu em Botafogo no dia 20 de junho de 1972, mas, por bastante tempo, foi morador do bairro Realengo, na Zona Norte do Rio de Janeiro. E foi nesse bairro que Mattias criou o projeto Sorrialengo, quando iniciou suas atividades como educador e incentivador das artes junto a crianças e adolescentes. Com o tempo, o projeto acabou revelando alguns novos artistas, sendo que alguns deles também foram premiados em concursos de desenho. O projeto Sorrialengo encerrou suas atividades em 2015, quando João Mattias transferiu-se para Búzios, mas o cartunista acabou levando a experiência adquirida em Realengo para a nova localidade e criou o projeto Traçando o Futuro, também revelando jovens artistas.



No mercado editorial, o desenhista publicou suas artes nos jornais O Dia, Lance, O Povo, União (PB) e Hoje (MG), e nas revistas Ciência Hoje e Billboard. Mattias também atuou com cenografia, trabalhando em produções de cinema, televisão, Carnaval e eventos esportivos. Seu início nessa arte começou em 2010, no filme Nosso Lar, de Wagner de Assis. Depois, atuou nas novelas José do Egito e Os 10 Mandamentos, da Record TV, e na peça teatral Pluft, o Fantasminha, de Maria Clara Machado. Pai da jovem cartunista Vicky Mattias (premiada no 12º Salãozinho de Humor de Piracicaba, em 2014), João Mattias pode ser visitado na internet, no Facebook (mattiascartoons) , Instagram (@mattias_cartoons) e Youtube, no canal Traçando o Futuro.

Saúde e Arte!