Março - 2020 - Edição 256

O Grande Prêmio Nacional Pen Clube de Literatura de 2020 foi para a querida acadêmica Nélida Piñon, que venceu com Um Dia Chegarei a Sagres, lançado pela Editora Record com enorme sucesso.

Ilustrada com fotos de álbuns de família, Ninguém Pode com Nara Leão (Ed. Planeta), biografia da cantora escrita pelo jornalista Tom Cardoso, reconta a vida da musa da bossa nova, morta aos 47 anos, em 1989.

Sai este ano o livro de memórias de Francisco Horta, Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. A obra, intitulada Misericórdia, um dos mais queridos ex-presidentes do Fluminense, aos 86 anos, faz uma homenagem ao tricolor Antônio Carlos de Almeida Braga, que morreu em janeiro, aos 94 anos.

Um site, um documentário e uma série de shows (iniciada no Centro Cultural do Banco do Brasil) estão entre as homenagens previstas para celebrar o centenário de Zé Kéti, autor de A Voz do Morro, falecido em 1999. Um dos grandes personagens da cultura brasileira do século XX, o cantor e compositor faria 100 anos no dia 16 de setembro.

Depois de passar por São Paulo e Brasília, visitada por mais de 200 mil pessoas, a exposição Linhas da Vida, da artista japonesa Chiharu Shiota, ficará no Centro Cultural do Banco do Brasil do Rio de Janeiro até o dia 19 de abril.

Originalmente marcada para o dia 28 de fevereiro, a cerimônia de entrega do Oscar foi adiada para o dia 25 de abril. Por enquanto, o formato presencial no Dolby Theater, em Los Angeles, está mantido.

O Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (Crab), na Praça Tiradentes, no centro do Rio, prorrogou a exposição Gente Peixe até o dia 31 de março. A mostra conta histórias lendárias do Alto Rio Negro, na Amazônia.

Eu Só Faço o que Quero, obra com mais de 500 páginas, assinada pelo jornalista e estudioso da MPB, Fred Coelho, conta a história de Jards Macalé, cantor e compositor presente no cenário da música brasileira desde a década de 1960.

Fisiologia da Composição (Ed. Cepe) é o mais recente livro de ensaios do consagrado Silviano Santiago, vencedor dos principais prêmios literários da língua portuguesa e da América Latina.

Publicado postumamente, O Spleen de Paris (Ed. 34), de Charles Baudelaire (1821-1867), reúne anedotas, reflexões e epifanias que o próprio autor de As Flores do Mal chamou de “pequenos poemas em prosa”, projeto ao qual se dedicou na última década de vida.

Em recuperação judicial, a Editora Abril está negociando a venda do prédio de sua gráfica, em São Paulo. Fechada em janeiro, foi a maior gráfica da América Latina.

A Tirania do Mérito (Ed. Record), novo livro do filósofo Michael Sandel, combina linguagem acessível e profundidade analítica. O professor de Harvard norte-americano defende que a meritocracia prejudica a sociedade, ao dividi-la em vencedores e perdedores

Chegou ao Brasil, publicada pela Editora Morro Branco, Floresta é o Nome do Mundo, de Ursula Le Guin. Escrita em 1972, a obra faz parte de um conjunto de romances, novelas e contos que ficou conhecido como “ciclo hainiano”, em que as histórias mostram realidades alternativas com humanos habitando outros planetas além da Terra.

A editora independente paulistana “Nós” começou a atuar em Portugal, com direito a sites e perfis nas redes sociais para se comunicar com os leitores lusos. Este mês, será lançado O Contrário da Solidão: manifesto por um feminismo comum, da filósofa Marcia Tiburi, publicado aqui pela Record como Feminismo em Comum.

Com 90 anos de atraso, chegou ao Brasil, pela Ed. Harper Collins, o romance Identidade, da Americana Nella Larsen (1891-1964). Traz discussões que nunca saíram da pauta: o sonho da democracia racial, as sequelas da segregação e as questões de gênero, entre outras

Em junho, a Companhia das Letras inicia seu longo projeto de reeditar Carolina Maria de Jesus, a partir dos cadernos originais, com o primeiro volume de Casa de Alvenaria.

A nova editora Fósforo chega ao mercado com a novela Kentukis, da argentina Samanta Schweblin, e com os ensaios de White Girls, do americano Hilton Als.

A partir deste ano, a obra da americana Louise Glück, vencedora do último Nobel de Literatura, será lançada pela Companhia das Letras.

A editora chinesa PostWave vai publicar toda a obra infantil de Clarice Lispector, incluindo as ilustrações brasileiras da coleção editada com o selo da Rocco.

Uma exposição mundial sobre a floresta Amazônica, iniciativa do renomado fotógrafo Sebastião Salgado, patrocinada pelos bancos Bradesco, Itaú e Santander acontecerá em agosto, simultaneamente, em várias cidades do mundo. No Rio, a mostra será no Museu do Amanhã.

Com um texto especialmente escrito para a edição brasileira e prefácio do líder indígena mineiro Aílton Krenak, a economista e ambientalista francesa Geneviève Azam lançou a obra Carta à Terra (Ed. Relicário), em que escreve uma correspondência dirigida ao planeta, falando de suas angústias diante da degradação global

Candidato à lista de Patrimônio Cultural Mundial da Unesco, o Sítio Roberto Burle Marx, em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, onde viveu o maior paisagista brasileiro, reabriu ao público com novas áreas de visitação. No acervo, mais de 3.500 espécies de plantas tropicais, além de centenas de peças de arte, como pinturas, esculturas, cerâmicas e tapetes feitos por Burle Marx.

A chegada da vacinação após quase um ano de pandemia desperta uma importante reflexão sobre a questão dos privilégios. Na obra Você Sabe com Quem Está Falando?, lançado pela Editora Rocco, o antropólogo Roberto da Matta mostra que, no Brasil, as filas são, historicamente, tratadas como uma “vergonha”. O livro é composto por três ensaios que abordam vários aspectos do autoritarismo no país.

No romance Um Espião Silenciado (Ed. CEPE), o historiador Raphael Alberti narra a história verídica do jornalista José Nogueira, envolvido, nos anos 1960, numa dupla função de repórter e espião do Centro de Informações da Marinha (Cenimar), órgão subordinado às Forças Armadas.

Com 1096 páginas, a edição revista do Dicionário de Símbolos foi lançada pela Editora José Olympio, com tradução de Vera da Costa e Silva, Angela Melim, Lúcia Melim e Raul de Sá. Referência na área, a obra apresenta, em mais de 1.600 verbetes, um painel da produção cultural da Humanidade.

A segunda edição da obra Oh, Margem! Reiventa os Rios! (Ed. Raquel), de Cidinha da Silva, traz dois contos e três crônicas novas, além de prefácio do escritor Paulo Scott.

A escritora Luly Trigo prepara quatro projetos para este ano, além de assinar nova série da Disney+. Todas as histórias são para plataformas de streaming, com produção da Formata.

Baseada na obra de Nelson Rodrigues, a nova série da dupla de roteiristas Georges Moura e Sergio Goldenberg, produzida para a Globoplay, terá 50 capítulos. Bonitinha, mas ordinária, A mulher sem pecado, Toda nudez será castigada e Os sete gatinhos inspiraram os autores a criar a trama contemporânea.

A desconhecida verve satírica do imperador D. Pedro I pode ser desvendada através de dois lançamentos da Editora Piu: o Dicionário da Independência – 200 anos em 200 verbetes, de Eduardo Bueno, e o inédito O Piolho Viajante, de Antônio Manuel Policarpo da Silva, um fenômeno da língua portuguesa do século XIX, até então nunca lançado no Brasil.

O Bom Contágio, lançado pela Ed. Bestseller, com 144 páginas, é um dos vários livros que a escritora budista Monja Coen escreveu ao longo do isolamento.