Novembro - 2024 - Edição 303
Olga Tokarczuk
Olga Nawoja Tokarczuk (Sulechów, 29 de janeiro de 1962) é uma escritora polonesa. Recebeu o Nobel de Literatura de 2018 (concedido em 2019). Graduouse em Psicologia pela Universidade de Varsóvia. Trabalhou como terapeuta antes de começar a se dedicar à literatura. Foi corroteirista de Pokot, uma adaptação cinematográfica de seu romance Sobre os Ossos dos Mortos, dirigida por sua compatriota Agnieszka Holland. Foi a vencedora do voto do júri popular. Recebeu, em 2018, o Prêmio Internacional Man Booker. Em seus livros aparecem com frequência temas como insignificância humana, exaltação da natureza e defesa do irracionalismo. Em Sobre os Ossos dos Mortos, por exemplo, traz um “romance policial sobre a insignificância humana”, trabalhando com a relação homem-animal. Algumas obras: 1989 – Miasto w lustrach (poesia); 1997 – Szafa (contos); 2000 – Lalka i perła (ensaio); 2007 – Bieguni (romance); 2014 – Księgi Jakubowe (romance); 2017 – Zgubiona dusza (história ilustrada) Prêmios: Finalista do Prêmio Literário Inernacional IMPAC de Dublin, por Dom dzienny, dom nocny; 2015 – Prêmio Nike de Literatura (júri popular), por Księgi Jakubowe. É autora de Sobre os Ossos dos Mortos, Correntes e A Alma Perdida, publicados no Brasil pela Todavia. Tem um filho adulto, divide o seu tempo entre o seu apartamento em Wroclaw, Polônia, a sua casa no campo e as viagens. É vegetariana e considera o veganismo como um posicionamento político.
Annie Ernaux
Nascida Annie Duchesne (Lillebone, 1 de setembro de 1940), é uma escritora e professora francesa. Sua obra literária, principalmente autobiográfica, romance e memórias, remete à sociologia. Ernaux foi laureada com o Nobel de Literatura de 2022. Foi a primeira escritora francesa a ser laureada com a premiação. Ernaux também se tornou a sexagésima mulher a conquistar o Nobel e a décima sétima a conquistar o Nobel de Literatura. Passou sua infância e juventude na Normandia. Estudou na Universidade de Rouen-Normandie e Bordeaux. Ela tornou-se professora de literatura moderna em 1971. No início da década de 1970, lecionou no Colégio de Bonneville. Entrou na literatura em 1974 com Les Armoires Vides, um romance autobiográfico. Em 1984, ganhou o Prêmio Renaudot por La Place, outra de suas obras autobiográficas. Em 2008 e 2009, com sua obra Les Années, um vasto panorama que vai da época do pós-guerra até o presente, publicado em 2008, recebeu vários prêmios. Nesse mesmo ano de 2008, ela recebeu o Prix de la langue française por todo o seu trabalho e pelo conjunto da obra. Em 2011, Annie Ernaux publica L’Autre Fille, uma carta dirigida a sua irmã, que morreu antes de seu nascimento, assim como L’Atelier Noir, que reúne vários cadernos de anotações, planos e reflexões relacionadas à escrita de suas obras. Em 2017, é laureada com o Prêmio MargueriteYourcenar, concedido pela Sociedade Civil de Autores Multimídia, por todo o seu trabalho.
Kazuo Ishiguro
(Nagazaki, 8 de novembro de 1954) Escritor nipo-britânico. Suas obras foram traduzidas para mais de 40 idiomas. Aos cinco anos de idade, emigrou com a família para a Inglaterra. Seu pai recebeu uma proposta para trabalhar em um projeto de pesquisa por dois anos, e, após esse período, a família planejava voltar ao seu país, mas, por diversas circunstâncias, foram ficando, e Kazuo e suas irmãs, Fumiko e Yoko, cresceram sob a influência das duas culturas. Estudou na Woking County Grammar School entre os anos de 1966 e 1973, uma escola muito tradicional que lhe proporcionou a vivência na sociedade inglesa. Em 1974, entrou para a Universidade de Kent, onde estudou Inglês e Filosofia, mas afastou-se temporariamente da graduação para trabalhar em um reassentamento do departamento de assistência social de Renfrew, na Escócia. Estudou também na East Anglia, no curso de “escrita criativa” que o escritor Malcolm Bradbury estabeleceu e no qual era ainda professor. Ele se define como sendo um escritor que deseja escrever novelas internacionais. Antes de escrever os seus aclamados romances, publicou contos e artigos em revistas variadas, na década de 1980. Em 2017, foi laureado com o Nobel de Literatura, em virtude da grande força emocional presente em seus romances, e assim revelando o abismo sob o nosso ilusório sentido de conexão com o mundo. A sua obra foi traduzida em mais de 28 países.