Maio - 2024 - Edição 300
Maria Valéria Rezende
(Santos, 1942) Escritora brasileira. Integrou a direção nacional da Juventude Estudantil Católica. Entrou para a Congregação de Nossa Senhora – Cônegas de Santo Agostinho em 1965. Graduou-se em Língua e Literatura Francesa pela Universidade de Nancy e em Pedagogia pela PUCSP. Fez mestrado em Sociologia na Universidade Federal da Paraíba. Na década de 1960, começou a trabalhar com educação popular, atuando em diferentes regiões do país e em todos os continentes, em programas de formação de educadores. Viveu no sertão de Pernambuco em Recife e Olinda de dezembro de 1972 a 1976. Mudou-se para a Paraíba em 1976, morando no Brejo Paraibano e, desde 1988, em João Pessoa. Publicou vários livros e artigos de não ficção. Estreou na literatura em 2001, com o livro Vasto Mundo. Ganhou o Prêmio Jabuti de 2009 na categoria literatura infantil com No Risco do Caracol, em 2013, categoria juvenil, com Ouro Dentro da Cabeça e, em 2015, nas categorias romance e Livro do Ano de Ficção, com Quarenta Dias. Em janeiro de 2017, recebeu o Prêmio Casa de las Américas pelo livro Outros Cantos, e, pelo mesmo romance, ganhou o Prêmio São Paulo de Literatura e o terceiro lugar no Prêmio Jabuti em novembro de 2017. Em 2020, é a terceira classificada do Prêmio Oceanos de Literatura, com o livro Carta à Rainha Louca. É uma das idealizadoras do coletivo literário feminista Mulherio das Letras.
Rafael Gallo
(São Paulo, 23 de outubro de 1981) Escritor brasileiro. É autor dos livros Dor Fantasma (Prêmio José Saramago), Rebentar (Prêmio São Paulo de Literatura) e Réveillon e Outros Dias (Prêmio SESC de Literatura). Como músico e professor, atuou nas áreas de trilha sonora para TV, cinema e outras mídias, fazendo parte do corpo docente da Academia Internacional de Cinema. Em 2012, teve início sua carreira como escritor, ao vencer o Prêmio Sesc de Literatura, com a coletânea de contos Réveillon e Outros Dias, publicada pela Editora Record. Em 2015, publicou seu primeiro romance, Rebentar, também pela Editora Record. O romance foi vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura na categoria de “Autor estreante abaixo dos 40 anos”. Em 2022, foi selecionado como vencedor pelo Prêmio Literário José Saramago, em Portugal, com o inédito Dor Fantasma. O júri contou com vencedores de outras edições como José Luís Peixoto, João Tordo, Gonçalo M. Tavares, Bruno Viera Amaral e Valter Hugo Mãe, além de Pilar del Río, Guilhermina Gomes e Nélida Piñon. O livro será publicado em 2023, pela Porto Editora em Portugal e em outros países lusófonos, e pela Globo Livros/Biblioteca Azul no Brasil. Foi o quarto brasileiro ganhador deste prêmio literário, além de um prêmio em dinheiro no valor de 40 mil euros. Tem ainda diversos textos publicados em revistas e antologias, tanto no Brasil quanto em outros países, como Estados Unidos, Cuba, Moçambique, França e Equador.
Silviano Santiago
(Formiga, MG, 29 de setembro de 1936) Ensaísta, poeta, professor, contista e romancista. Em 1954, principiou a escrever para uma revista de cinema. Ajudou a idealizar e publicar a revista Complemento, em 1955. Em 1959, laureou-se em Letras Neolatinas. Especializouse em literatura francesa, o que o levou ao doutorado na Universidade de Paris, Sorbonne, onde decifrou o manuscrito Moedeiros Falsos de André Gide. Em 1969, publicou em Nova York a antologia Brasil. Passou pelas universidades de Rutgers, Toronto, Buffalo e Indiana. No Brasil, foi catedrático na PUCRJ e na UFF. Em 1985, publicou suas traduções para os Poemas de Lacques Prévert. Foi nomeado pelo ministro da Cultura como membro da Comissão Julgadora do Prêmio Literário Nacional/1989. Auxiliou Heloísa Buarque de Hollanda e sua equipe a montar o Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC), em 1994. No ano seguinte, participou do II Encontro Internacional de Poetas, na Universidade de Coimbra. Em 1996, participou em Toronto da conferência sobre o projeto de História da Literatura Latino-americana, originado em Bellagio. Em 2013, recebeu o prestigioso Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. Em 2015, venceu o Prêmio Oceanos de Literatura em Língua Portuguesa. Em 2020, recebeu o Prêmio Ezequiel Martinéz Estrada, conferido pela prestigiosa Casa de las Américas. Em 2022, recebeu o Prêmio Camões na sede da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.