Agosto - 2022 - Edição 282
Elisa Lucinda
Elisa Lucinda Campos Gomes (Cariacica, 2 de fevereiro de 1958) é uma poetisa, jornalista, escritora, cantora e atriz brasileira. Reconhecida no meio musical e de atuação por seus trabalhos em cinema, televisão e teatro, vencedora de um Kikito do Festival de Gramado e um Troféu Raça Negra. Elisa foi ganhadora do Prêmio Especial do Júri do Festival de Cinema de Gramado, pelo conjunto da obra, no ano de 2020. Foi premiada pelo filme A Última Estação, de Marcio Curi. Nascida em uma família de classe média, interessou-se pela poesia desde cedo. Cursou Comunicação Social na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1986, cursou interpretação teatral Casa das Artes de Laranjeiras (CAL). Trabalhou em algumas peças teatrais, como Rosa, um Musical Brasileiro, e Bukowski, Bicho Solto no Mundo. Também integrou o elenco do filme A Causa Secreta. Seu primeiro trabalho na televisão foi na telenovela Kananga do Japão, em 1989, na extinta Rede Manchete. Na TV Globo, fez o programa Você Decide e integrou o elenco da série Mulher. Em 2021, a atriz fez sua estreia nos streamings, na série Manhãs de Setembro exibida pelo Prime Video, em que interpreta a voz da cantora Vanusa em tom de narração na série. No ano de 1998, fundou a Casa Poema, instituição socioeducativa cujo método capacita vários profissionais desenvolvendo sua capacidade de expressão e sua formação cidadã, através da poesia falada. A atriz, em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), tem desenvolvido o projeto “Palavra de Polícia, Outras Armas”, onde ensina poesia falada aos policiais. A atriz mora no Rio de Janeiro.
Djamila Ribeiro
Djamila Taís Ribeiro dos Santos (Santos, 1 de agosto de 1980) é uma filósofa, feminista negra, escritora e acadêmica brasileira. É pesquisadora e mestra em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É colunista do jornal Folha de S. Paulo. Iniciou o contato com a militância ainda na infância. Graduou-se em Filosofia pela Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 2012, e tornou-se mestra em Filosofia Política na mesma instituição, em 2015, com ênfase em teoria feminista. É colunista on-line da Carta Capital, Blogueiras Negras e revista Az Mina e possui forte presença no ambiente digital. Escreveu o prefácio do livro Mulheres, Raça e Classe da filósofa negra e feminista Angela Davis, obra inédita no Brasil e que foi traduzida e lançada em setembro de 2015. Em 2018, a ensaísta prolífica Djamila Ribeiro foi um dos 51 autores, oriundos de 25 países, convidados a contribuir para Os Papéis da Liberdade (“The Freedom Papers”). Recebeu os prêmios: Prêmio Cidadão SP em Direitos Humanos, em 2016; Trip Transformadores, em 2017. Melhor colunista no Troféu Mulher Imprensa em 2018, Prêmio Dandara dos Palmares e está entre as 100 pessoas mais influentes do mundo abaixo de 40 anos, segundo a ONU. É autora das obras Lugar de Fala, O que é Lugar de Fala?, Quem Tem Medo do Feminismo Negro? e Pequeno Manual Antirracista. Além dos livros publicados, Djamila criou o Selo Sueni Carneiro, que publicou livros de autores negros com preços mais acessíveis.
Lívia Natália
Lívia Maria Natália de Souza (Salvador, 25 de dezembro de 1979) é uma poeta e professora brasileira. Filha de Osun, o candomblé de fundamento Ketu é um dos principais temas de suas obras, além do corpo, cabelo e outros signos étnico-raciais que perpassam a mulher negra. Água Negra foi o livro de estreia e vencedor do Concurso Literário do Banco Capital de 2011, na categoria Poesia. A publicação mais recente foi “As férias fantásticas de Lili”, em 2018. Lívia também é mestre e doutora em Teorias e Crítica da Literatura e da Cultura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). É atualmente professora adjunta do setor de Teoria da Literatura da UFBA, onde coordena os grupos de pesquisa Derivas da Subjetividade na Escrita Contemporânea, no qual pesquisa literatura contemporânea escrita em Blogs e Corpus Dissidente. Formada em Letras pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 2002. Estreou como autora em 2011, com Água Negra, livro premiado pelo Concurso Literário do Banco Capital. Sua poesia é marcada pela construção de uma voz feminina e afro- -brasileira. Seu poema Quadrilha, selecionado para o projeto Poesia nas Ruas, foi vetado pelo governo da Bahia por criticar a violência policial. Obras publicadas: 2010 – Água Negra – EPP Publicações; 2015 - Correntezas e Outros Estudos Marinhos - Ogum’s Toques Negros; 2016 - Água Negra e Outras Águas – EPP Publicações; 2017 – Dia Bonito pra Chover – Editora Malê; 2017 – Sobejos do Mar – EPP Publicações.