Julho - 2022 - Edição 281

Regina Dalcastagnè

(Ilhota, Santa Catarina, 1967) Pesquisadora, escritora e crítica literária brasileira. É doutora em teoria literária pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professora titular livre de literatura brasileira na Universidade de Brasília (UnB). Coordena o Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, que reúne pesquisadores de diversos países, e edita as revistas Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea e Veredas (da Associação Internacional de Lusitanistas). Destaca-se por avaliar aspectos de desigualdade social na literatura brasileira, como no livro Literatura Brasileira Contemporânea: Um território contestado, que mostra um elitismo do escritor brasileiro médio, geralmente homem, branco, com diploma superior e morando no estado do Rio de Janeiro ou em São Paulo. Bibliografia: Representación y Resistenciaenla Literatura Brasileña Contemporánea, tradução de Lucía Tennina e Adrián Dubinsky, Buenos Aires, Editorial Biblos, 2015; Literatura Brasileira Contemporânea: Um território contestado, Editora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2013; Entre Fronteiras e Cercado de Armadilhas: Problemas da representação na narrativa brasileira contemporânea, Editora Universidade de Brasília, 2005; A Garganta das Coisas: Movimentos de Avalovara, de Osman Lins, Editora UnB, 2000; O Espaço da Dor: O regime de 64 no romance brasileiro, Editora UnB, 2000.

Ana Martins Marques

(Belo Horizonte, 07 de novembro de 1977) Poetisa, redatora, revisora brasileira. Recebeu os Prêmios Literário da Fundação Biblioteca Nacional (2012) e Prêmio da Associação Paulista dos críticos e Arte (2015). Concluiu o mestrado em Literatura pela UFMG com uma dissertação sobre o romancista João Gilberto Noll. Trabalha como redatora e revisora na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Seu primeiro livro, A Vida Submarina (2009), reúne poemas vencedores do Prêmio cidade de Belo Horizonte nos anos de 2007 e 2008. Ganhou também o Prêmio Alphonsus de Guimaraens, pelo seu segundo livro, Da Arte das Armadilhas (2011). Sua poesia, segundo o crítico Murilo Marcondes, alia a elaboração formal a uma reflexão sobre a vida, promovendo um “estreitamento entre linguagem e experiência”. Obras publicadas: A Vida submarina, Scriptum, 2009; Da Arte das Armadilhas, Companhia das Letras, 2011; O Livro das Semelhanças, Companhia das Letras, 2015; Duas Janelas, com Marcos Siscar, Luna Parque Edições, 2016; Como se Fosse a Casa (uma correspondência), com Eduardo Jorge, Relicário, 2017; This House: Selected poems by Ana Martins Marques, tradução de Elisa Wouk Almino, Scrambler Books, 2017; Livro dos Jardins, Ed. Quelonio, 2019; Risque esta Palavra, Ed. Companhia das letras, 2021.

Elvira Vigna

(Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1947 – São Paulo, 10 de julho de 2017) Escritora, ilustradora, tradutora e jornalista brasileira. Recebeu prêmios, como o de ficção da Academia Brasileira de Letras e um prêmio Jabuti de literatura infantil – setor a que se dedicou no início de sua carreira. Formou-se em Literatura Francesa pela Universidade de Nancy, em convênio com a Aliança Francesa e Universidade Federal do Rio de Janeiro, e fez o mestrado na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1979. Especializou-se em gravura no Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro (atualmente Escola de Artes Visuais do Parque Lage). Em 1984 e 1985, estudou na Parsons Schoolof Design de Nova York, na área de imagens. Trabalhou em diversos veículos de comunicação. Em 2012, foi diagnosticada com um carcinoma micropapilar invasivo, mas essa informação só veio à público após a sua morte, pois a autora não queria que o conhecimento de sua condição de saúde prejudicasse sua vida profissional. Seu primeiro romance adulto, Sete Anos e Um Dia foi publicado pela Ed. José Olympio, em 1988. Em seguida, publicou A um Passo de Eldorado; O Assassinato de Bebê Martê; Às Seis em Ponto; Coisas que os Homens Não Entendem; Deixei Ele Lá e Vim. Nada a Dizer, sétimo romance da autora, venceu o Prêmio ABL de Ficção romance teatro e conto, da Academia Brasileira de Letras. Em 2019, foi agraciada com o Prêmio Clarice Lispector (Prêmio Literários da Fundação Biblioteca Nacional), pelo livro de contos Kafkianas.