Abril - 2022 - Edição 278
Émile Zola
(Paris, 2 de abril de 1840 – Paris, 29 de setembro de 1902) Consagrado escritor francês, considerado criador e representante da escola literária naturalista. Estudou no Collège Bourbon. Iniciou-se no ramo jornalístico escrevendo colunas para os jornais Cartier de Villemessant’s e Controversial. A obra La Confession de Claude (1865) atraiu atenção negativa da crítica especializada. Em vida, também demonstrou elevado engajamento político. Certamente, seu trabalho de maior influência política foi a carta aberta intitulada J’accuse (Eu Acuso), destinada ao então presidente da França Félix Faure. Thérèse Raquin, seu primeiro romance, apresenta inúmeras inovações que o classificam como primeira obra naturalista. Zola combina algumas das teorias mais polêmicas de sua época, tais como darwinismo, evolucionismo e determinismo científico, compondo o primeiro romance de tese já escrito. Seu texto conhecido como O romance experimental (1880) é o manifesto literário do movimento. Iniciou, em 1871, seu grande projeto: a série Os Rougon-Macquart (Les Rougon-Macquart), escritas entre 1871 e 1893. Entre os romances estão: O Ventre de Paris (Le Ventre de Paris, 1873), A Terra (La Terre, 1887), Nana (1880) e Germinal (1885). Escreveu uma série intitulada As Três Cidades, sobre problemas religiosos e sociais. Émile Zola faleceu em 29 de setembro de 1902 devido à inalação de uma quantidade letal de monóxido de carbono proveniente de uma lareira defeituosa; alguns estudiosos, em razão das misteriosas circunstâncias do ocorrido, não descartam a hipótese de homicídio.
Marguerite Duras
Pseudônimo de Marguerite Donnadieu (Saigon, atual Cidade de Ho Chi Minh, 4 de abril de 1914 – Paris, 3 de março de 1996). Romancista, novelista, roteirista, poetisa, diretora de cinema e dramaturga francesa, considerada uma das principais vozes femininas da literatura do Século XX na Europa. Marguerite Duras nasceu em Gia Định, atual distrito de Bình Th nh em Saigon (atual Cidade de Ho Chi Minh), na colônia francesa da Cochinchina, sul do atual Vietnã. Sua família retornou à França, onde estudou Direito e também se tornou escritora. Decidiu mudar o sobrenome de Donnadieu para Duras, nome de uma vila do departamento francês de Lot-et-Garonne, onde se situava a casa de seu pai. É autora de diversas peças de teatro, novelas, filmes e narrativas curtas. Seu trabalho foi associado com o movimento chamado nouveau roman (novo romance) e com o existencialismo. Entre algumas de suas obras estão O Amante, A Dor, O Amante da China do Norte e O Deslumbramento. Também conhecida como a roteirista do filme “Hiroshima, meu amor”, dirigido por Alain Resnais (premiado cineasta do movimento nouvelle vague), Duras também dirigiu filmes próprios, inclusive o conceituado “India Song” de 1976, muito embora sua carreira cinematográfica não atingisse o reconhecimento da literária nos meios intelectuais e acadêmicos. Outras obras suas foram adaptadas por outros diretores de cinema como O Amante de Jean-Jacques Annaud, no ano de 1992. Marguerite Duras faleceu aos 81 anos de idade em Paris, vitimada por um câncer. Foi sepultada no cemitério de Montparnasse.
Ilana Casoy
(São Paulo, 16 de fevereiro de 1960) Criminóloga e escritora brasileira. Formou-se em Administração na Fundação Getúlio Vargas. Dedicou-se a estudar perfis psicológicos de criminosos, especialmente de serial killers. Ilana Casoy já publicou outros livros sobre crimes que ficaram famosos no Brasil, como A Prova é a Testemunha, Relato Inédito do Caso Nardoni, e O Quinto Mandamento – Caso de polícia, sobre o assassinato do casal Richthofen. Colaborou com o site do canal Investigação Discovery entre 2012 e 2013. Atualmente, assina uma coluna na revista Brasileiros. A escritora dedica-se também à ficção. A especialista em crimes – que já fez um estágio na polícia científica – participou, a convite da Fox Brasil, da criação de um perfil do psicopata Dexter Morgan, anti-herói e protagonista da série que leva o seu nome e que se tornou uma das mais cultuadas dos últimos anos. Ilana Casoy atuou como colaboradora da série escrita por Gloria Perez e dirigida por Mauro Mendonça Filho, Dupla Identidade, exibida em setembro de 2014 na Rede Globo. Bruno Gagliasso interpreta um serial killer inspirado em Ted Bundy, cujo perfil é dissecado em Serial Killers: Louco ou cruel? Obras: Serial Killer, Louco ou cruel (Ediouro, 2008); O Quinto Mandamento (Ediouro, 2009); Serial Killer Made in Brazil (Ediouro, 2010); A Prova é a Testemunha (Lafonte, 2010); Arquivos Serial Killers – Louco ou cruel? e Made in Brazil (Darkside Books, 2014); Casos de Família – Arquivos Richthofen e Arquivos Nardoni (Darkside Books, 2016); Bom Dia, Verônica (Com Raphael Montes, 2016).