Setembro - 2021 - Edição 271

John Dryden

(A l d w i n k l e , Northamptonshire, 19 de agosto de 1631 – 12 de maio de 1700) foi um poeta, crítico literário e dramaturgo inglês que dominou a vida literária na Inglaterra durante a Restauração. Dryden nasceu na aldeia de Aldwincle, próximo aOundle em Northa mptonshire. Era o mais velho dos catorze filhos nascidos de Erasmus Dryden e Mary Pickering, neto paterno de Sir Erasmus Dryden. Em 1650, Dryden passou para o Trinity College, em Cambridge onde ele teria experimentado um retorno ao ethos religioso e político da sua infância. Chegando em Londres durante o protectorado, Dryden obteve trabalho com o secretário de Estado de Cromwell, John Thurloe. Em 1660, Dryden comemorou a restauração da monarquia e do regresso de Carlos II com Astraea Redux, um autêntico panegírico monárquico. Em 1658, publicou seu primeiro poema e iniciou sua vida literária. Se estabeleceu como um poeta e crítico literário e dedicou suas letras a serviço do novo governo. Escreveu os poemas To His Secred Majesty: A panegyric on his coronation (1662) e Tomy Lord Chancellor (1662). Nesse mesmo ano, foi nomeado membro da Royal Society. Com a abertura dos teatros, depois da proibição puritana, John Dryden se dedicou a compor obras dramáticas, entre elas, The Indian Queen (1664), Secret Love, Or the Maiden Queen (1666) e All for Love (1677). Entre suas obras, destaca-se também o poema The Hund and the Panther. Sua obra Preface to the Fables (1700) foi considerada o melhor de seus ensaios. Faleceu em Londres, Inglaterra, no dia 12 de maio de 1700.

Viriato Correia

Manuel Viriato Correia Baima do Lago Filho, jornalista, contista, romancista, teatrólogo e autor de crônicas históricas e livros infantojuvenis, nasceu em 23 de janeiro de 1884, em Pirapemas, MA, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de abril de 1967. Começou a escrever aos 16 anos os seus primeiros contos e poesias. Em 1903, escreveu seu primeiro livro de contos, Minaretes. Foi colunista do Correio da Manhã, do Jornal do Brasil e da Folha do Dia, além de fundador do Fafazinho e de A Rua. Colaborou também em Careta, Ilustração Brasileira, O Malho, Tico-Tico. Contos do Sertão é um livro de crônicas reunidas em volume e publicados em 1912. Era autor de crônicas, com o intuito visível de atingir o leitor comum. Escreveu no gênero mais de uma dezena de títulos, entre os quais se destacam Histórias da nossa História (1921), Brasil dos meus Avós (1927) e Alcovas da História (1934). Com o objetivo de levar a História também ao público infantil, as “lições do vovô” está em livros como História do Brasil para Crianças (1934) e As Belas Histórias da História do Brasil (1948). Deixou ainda muitas obras de ficção infantil, entre elas o romance Cazuza (1938), um dos clássicos da nossa literatura infantil, em que descreve cenas de sua meninice. Foi professor de história do teatro. Escreveu perto de trinta peças, entre dramas e comédias, que focalizam ambientes sertanejos e urbanos, vinculando-o à tradição do teatro de costumes que vem de Martins Pena e França Júnior. Foi deputado estadual no Maranhão, em 1911, e deputado federal pelo Maranhão em 1927 e 1930

Araripe Júnior

Tristão de Alencar Araripe Júnior, crítico literário, nasceu em Fortaleza, CE, em 27 de junho de 1848, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de outubro de 1911. Compareceu às sessões preparatórias de instalação da Academia Brasileira de Letras e fundou a cadeira 16, que tem como patrono Gregório de Matos. Cursou a Faculdade de Direito do Recife. Foi ministro da Justiça e Negócios Interiores. Em 1895, foi diretor geral da Instrução Pública. Em 1903, foi promovido ao cargo de Consultor Geral da República, que ele exerceu até o fim da vida, tendo proferido pareceres importantes. Seu livro de estreia, Contos Brasileiros, foi escrito sob o pseudônimo de Oscar Jagoanhara. Em 1909, publicou Miss Kate, curioso romance psicológico, assinando-se Cosme Velho. Não é o ficcionista, mas o crítico literário que constitui a importância de Araripe Júnior na literatura brasileira. Deixou vasta obra crítica, formando com Sílvio Romero e José Veríssimo a trindade crítica da época positivista e naturalista. Sua obra crítica, dispersa pelos periódicos, desde os tempos do Ceará, só em parte foi publicada em livro, durante sua vida. No último livro, Ibsen e o Espírito da Tragédia (1911), sem abandonar a preocupação nacionalista, alçou- -se a um plano de universalidade, buscando a razão de ser da tragédia humana, através da obra dos grandes trágicos, da Grécia ao século XIX. Como crítico, era um conselheiro amável e cheio de compreensão, sobretudo pelos estreantes. Araripe Júnior era sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e do Instituto Histórico do Ceará.