Julho - 2021 - Edição 269
Lev Tolstoi
Lev Nikolaevitch Tolstoi (Governorado de Tula, 9 de setembro de 1828 – Astapovo, 20 de novembro de 1910) foi um escritor russo, amplamente reconhecido como um dos maiores de todos os tempos. Nascido em 1828, em uma família aristocrática, Tolstói é conhecido pelos romances Guerra e Paz (1869) e Anna Karenina (1877), muitas vezes citados como verdadeiros pináculos da ficção realista. Ele alcançou aclamação literária ainda jovem, primeiramente com sua trilogia semiautobiográfica, Infância, Adolescência e Juventude (1852-1856) e por suas Crônicas de Sebastopol (1855), obra que teve como base suas experiências na Guerra da Crimeia. A ficção de Tolstói inclui dezenas de histórias e novelas como A Morte de Ivan Ilitch (1886), Felicidade Conjugal (1859) e Hadji Murad (1912). Durante a década de 1870, Tolstói experimentou uma crise moral, seguida do que ele considerou um despertar espiritual profundo, conforme descrito em seu trabalho não ficcional A Confissão (1882). O Reino de Deus Está Dentro de Vós (1894) teve impacto em figuras centrais do século XX como William Jennings Bryan e Gandhi. Em 23 de setembro de 1862, Tolstói se casou com Sophia Andreevna Behrs, filha de um médico da corte. Eles tiveram 13 filhos, oito dos quais chegaram à vida adulta. Tolstói morreu de pneumonia, na estação de trem de Astapovo, depois de um dia inteiro de viagem. A polícia tentou limitar o acesso a sua procissão de funeral, mas milhares de camponeses reuniram-se nas redondezas, pois pensaram que “algum nobre havia morrido”. Tolstói morreu em 1910, aos 82 anos de idade.
Marcel Proust
Valentin Louis Georges Eugène Marcel Proust (Auteuil, 10 de julho de 1871 — Paris, 18 de novembro de 1922) foi um escritor francês, mais conhecido pela sua obra À la Recherche du Temps Perdu (Em Busca do Tempo Perdido), que foi publicada em sete partes entre 1913 e 1927. Filho de Adrien Proust, professor de medicina, e Jeanne Weil, alsaciana de origem judaica, Marcel Proust nasceu numa família rica. Após estudos no Liceu Condorcet, prestou serviço militar em 1889. De volta à vida civil, assistiu na École Libre des Sciences Politiques aos cursos de Albert Sorel e Anatole Leroy-Beaulieu; e, na Sorbonne, os de Henri Bergson (1859-1941). Em 1900, efetuou uma viagem a Veneza. Em 1904, publicou várias traduções do crítico de arte inglesa John Ruskin (1819-1900). Escreveu Jean Santeuil, uma grande novela deixada incompleta, e publicou Os Prazeres e os Dias (Les Plaisirs et les Jours), uma reunião de contos e poemas. A sua obra principal, Em Busca do Tempo Perdido (À la Recherche du Temps Perdu), foi publicada entre 1913 e 1927, o primeiro volume editado à custa do autor na pequena editora Grasset, ainda que muito rapidamente as edições Gallimard recuaram na sua recusa e aceitaram o segundo volume À Sombra das Raparigas em Flor pela qual recebeu em 1919 o prêmio Goncourt. A homossexualidade é tema recorrente em sua obra, principalmente em Sodoma e Gomorra e nos volumes subsequentes. Trabalhou sem repouso à escrita dos seis livros seguintes de Em Busca do Tempo Perdido, até 1922. Faleceu esgotado, acometido por uma bronquite mal cuidada.
Mário Palmério
Mário de Ascenção Palmério, político, educador e romancista, nasceu em Monte Carmelo, MG, em 1º de março de 1916, e faleceu em Uberaba, MG, a 24 de setembro de 1996. Mário Palmério fez seus estudos secundários no Colégio Diocesano de Uberaba e no Colégio Regina Pacis, de Araguari, licenciando-se em 1933. Em 1936, ingressou no Banco Hipotecário e Agrícola de Minas Gerais, sendo designado para servir na sucursal de São Paulo. Em 1939, matriculou-se na seção de Matemática da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo. No Triângulo Mineiro, Mário Palmério fundou, em 1950, a Faculdade de Direito e, em 1953, a Faculdade de Medicina. Durante vários anos viajou de barco pelo rio Amazonas e seus afluentes, levantando dados sobre a realidade física, social e cultural da Região Amazônica. Escreveu Chapadão do Bugre, romance para o qual vinha colhendo, desde o êxito de Vila dos Confins, abundante material linguístico e de costumes regionais, recebendo de toda crítica muitos elogios. Lançado em outubro de 1965, o romance teve inúmeras edições. Em 1987, deixou de vez o Amazonas e voltou a morar em Uberaba, como presidente das Faculdades Integradas daquela cidade. Em 1988, recebeu a medalha Santos Dumont, conferida pelo Ministério da Aeronáutica. Trabalhou nos títulos O Morro das Sete Voltas; As Confissões de um Assassino Perfeito e Diário do Amazonas, sem publicação em livro. Mário Palmério era casado com D. Cecília Arantes Palmério. Teve dois filhos, Marcelo e Marília.