Fevereiro - 2021 - Edição 264
Francisco Buarque de Hollanda
Conhecido como Chico Buarque (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944), é músico, dramaturgo, escritor e ator brasileiro. Sua discografia conta com aproximadamente oitenta discos. Escreveu seu primeiro conto aos 18 anos. Ganhou destaque como cantor a partir de 1966, quando venceu o Festival de Música Popular Brasileira com a música A Banda. Autoexilou-se na Itália em 1969, devido à repressão do regime militar do Brasil, tornando-se, ao retornar, em 1970, um dos artistas mais ativos na crítica e na luta pela democratização no país. Em 1971, foi lançado Construção, e em 1976, Meus Caros Amigos. Além da notabilidade como músico, desenvolveu vasta carreira literária, sendo autor de peças teatrais e romances. Foi vencedor de três Prêmios Jabuti: o de melhor romance em 1992 com Estorvo e o de Livro do Ano, tanto pelo livro Budapeste, lançado em 2004, como por Leite Derramado, em 2010. Em 2019, foi distinguido com o Prêmio Camões, o principal troféu literário da língua portuguesa, pelo conjunto da obra. Neto de Cristóvão Buarque de Hollanda e filho de Sérgio Buarque de Hollanda e Maria Amélia Cesário Alvim, Chico é irmão das cantoras Miúcha, Ana de Hollanda e Cristina. Foi casado por 33 anos (de 1966 a 1999) com a atriz Marieta Severo, com quem teve três filhas, Sílvia Buarque, Helena e Luísa.Livros: 1974: Fazenda Modelo; 1979: Chapeuzinho Amarelo; 1981: A Bordo do Rui Barbosa (ilustrações de Vallandro Keating); 1991: Estorvo (primeiro romance); 1995: Benjamim; 2003: Budapeste; 2009: Leite Derramado; 2014: O Irmão Alemão; 2019: Essa Gente (romance).
Eva Furnari
(Roma, 15 de novembro de 1948) é uma ilustradora e escritora ítalo-brasileira. Sua família mudou-se para o Brasil em 1950, quando Eva tinha dois anos. Cresceu na nova pátria, formando-se em Arquitetura pela Usp, e a partir de 1976 dedicou-se inicialmente a livros com ilustrações, sem texto. Como autora infanto-juvenil e como ilustradora recebeu o Prêmio Jabuti, nos anos de 1986, 1991, 1993, 1995, 1998 e 2006.Em 2004 foi escolhida para ilustrar a reedição de seis livros da obra infantil de Érico Veríssimo. A obra de Furnari, composta essencialmente de pequenos livros, é uma das mais profícuas na Literatura infantil brasileira atual. Como a própria autora revelou, numa entrevista, a ilustração precedeu a produção literária - mas foi nesta última que veio efetivamente a se destacar. Agora em 2019, completa 70 anos e pretende não parar nunca. Algumas obras: O segredo do violinista, Ática, São Paulo; Coleção Peixe Vivo, Ática: Cabra-cega; De vez em quando; Esconde-esconde; Todo dia ;Bruxinha atrapalhada, Global; O que é, o que é?, Paulus editora; Violeta e Roxo, Quinteto editorial, 1984, Quer Brincar?, FTD, 1986; Caça-fumaça, Paulinas, 1992 ; O amigo da Bruxinha, Moderna, 1994; Cocô de passarinho, Cia das Letrinhas, 1998 ; Anjinho, Ática, 1998; Nós, Global, 1999; Coleção Piririca da Serra, editora Ática; A Bruxa Zelda e os 80 Docinhos, 1994; O Feitiço do Sapo, 1995; Mundrackz, 1996 ; Operação Risoto, 1999. Coleção Avesso da Gente, Moderna Editora, 2000:Abaixo das canelas; Loló Barnabé ; Pandolfo Bereba ; Umbigo indiscreto, entre outros.
Marcelino Juvêncio Freire
(Sertânia, 20 de março de 1967) é um escritor brasileiro. Nascido em Sertânia, no estado de Pernambuco, mudou-se com a família para Paulo Afonso, Bahia, em 1969. Voltou para Recife, onde fez teatro. Em 1981, escreve os primeiros textos do gênero e participa do grupo Poetas Humanos, fundamental para sua formação artística. Ao longo da década de 1980, trabalha como bancário e inicia o curso de Letras na Universidade Católica de Pernambuco, sem concluí-lo. Em 1989, frequentou a oficina literária do escritor Raimundo Carrero e, dois anos depois, é premiado pelo governo do Estado de Pernambuco. Decide mudar-se para a cidade de São Paulo em 1991 e publica, de forma independente, seus dois primeiros livros: AcRústico, de 1995 e EraOdito, de 1998. Em 2000, publica o livro de contos Angu de Sangue. Em 2002, Marcelino idealizou e editou a Coleção 5 Minutinhos, inaugurando com ela o selo era OditoeditOra. Livros publicados: EraOdito (aforismos, 2ª edição, 2002); Angu de Sangue (contos, Ateliê Editorial, 2000); Balé Ralé (contos, Ateliê Editorial, 2003); Contos Negreiros (contos, Editora Record, 2005); Amar é crime (contos, Editora Edith, 2010); Nossos ossos (romance, Editora Record, 2013); Bagageiro (ensaios, Editora José Olympio, 2018). Prêmios: Prêmio Machado de Assis, 1° lugar em 2014, na categoria Romance pela obra Nossos Ossos; Prêmio Jabuti de Literatura, 1° lugar em 2006, na categoria contos pela obra Contos Negreiros (contos, 2005); Prêmio Jabuti de Literatura, finalista em 2014, na categoria romance por Nossos ossos (Editora Record, 2013).