Agosto - 2020 - Edição 258
Paulo Leminski
(Curitiba, 24 de agosto de 1944 – Curitiba, 7 de junho de 1989) Escritor, poeta, crítico literário, tradutor e professor brasileiro. Aos 12 anos, ingressou no Mosteiro de São Bento, em São Paulo, onde estudou latim, teologia, filosofia e literatura clássica. Em 1963, foi para Belo Horizonte. Lá participou da Semana Nacional de Poesia de Vanguarda, conheceu Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos, criadores da Poesia Concreta. Em 1964, assumiu o cargo de professor de História e Redação em cursinhos pré-vestibulares. Publicava seus textos em revistas alternativas, do tempo marginal, como Muda, Código e Qorpo Estranho. Tinha uma poesia marcante, pois inventou um jeito próprio de escrever, com trocadilhos, brincadeiras com ditados populares e influência do haicai, além de abusar de gírias e palavrões, tudo de forma bastante instigante. Foi influenciado pela cultura japonesa, pois era faixa preta em judô. Escreveu uma biografia de Basho. Leminski escreveu também letras de músicas em parcerias com Caetano Veloso, Itamar Assumpção e o grupo A Cor do Som. Exerceu atividade como crítico literário e tradutor, vertendo para o português obras de James Joyce, Alfred Jarry, Samuel Beckett e Yukio Mishima. Entre suas obras, estão: Catatau (1976); 80 Poemas (1980); Agora é Que São Elas (1984); Anseios Crípticos (1986); Distraídos Venceremos (1987); Guerra Dentro da Gente (1988); La Vie Em Close (1991); Metamorfose (1994); O Ex-Estranho (1996).
Antonio Prata
1977) Escritor, cronista e roteirista brasileiro. É filho dos também escritores Mário Prata e Marta Góes e irmão da jornalista de moda, Maria Prata. Escreve aos domingos no caderno Cotidiano da Folha de S. Paulo e é roteirista e autor da Rede Globo, em que colaborou nas novelas Bang Bang, do seu pai Mário Prata e Carlos Lombardi, e também Avenida Brasil e A Regra do Jogo, ambas de João Emanuel Carneiro. Em 2015, escreveu o piloto da série “Os Experientes”, dirigido por Kiko e Fernando Meirelles. “Os Experientes” venceu o prêmio APCA de melhor série de televisão e foi finalista do Emmy Awards. Escreveu crônicas para a Capricho entre 2001 e 2008 e também para o O Estado de S. Paulo, (2003-2009). Foi um dos 16 participantes do projeto Amores Expressos, passando um mês em Xangai para escrever um romance, até hoje não publicado. Em 2012, foi incluído na edição brasileira da revista Granta como um dos vinte melhores escritores nacionais com menos de 40 anos. Obras: Adulterado (Moderna), Pernas da Tia Corália (Objetiva), Estive Pensando, (Marco Zero Editora), O Inferno Atrás da Pia (Objetiva), Douglas e Outras Histórias (Azougue Editorial), Merreca Christmas (Matrix Editora) e Meio Intelectual, Meio de Esquerda (Editora 34), Felizes Quase Sempre (Editora 34), com Laerte Coutinho; Nu, de Botas (Companhia das Letras); Trinta e Poucos (Companhia das Letras); Jacaré, Não! (Ubu); A Menina que Morava no Chuveiro (Ubu).
Tatiana Salem Levy
(Lisboa, Portugal, 1979). Romancista, contista, tradutora, ensaísta e autora de histórias infantis. Descendente de judeus turcos, nasceu durante a Ditadura Militar, quando a família vivia exilada em Portugal. Nove meses depois do nascimento, a família voltou para o Brasil. Graduou-se em Letras pela UFRJ em 1999, concluiu mestrado em Estudos Literários em 2002, pela PUC-Rio, com a dissertação intitulada A Experiência de Fora: Blanchot, Foucault e Deleuze (Relume Dumará), em 2003, e pela Civilização Brasileira em 2010. Morou na França e nos EUA durante o doutorado, concluído em 2007, pela PUC-Rio. Escreveu contos inclusos nas coletâneas Paralelos (2004), 25 Mulheres que Estão Fazendo a Nova Literatura Brasileira (2005), Recontando Machado (2008), Dicionário Amoroso da Língua Portuguesa (2009), Primos, Se não houvesse amanhã, entre outros. A Chave de Casa (2007) é seu primeiro romance, com elementos autobiográficos. Ganhou o Prêmio São Paulo de 2008 na categoria Melhor Livro de Autor Estreante. Em 2010, organizou a coletânea de contos Primos, publicada pela Editora Record. O livro reúne histórias escritas por autores brasileiros descendentes de árabes e de judeus. Dois Rios foi publicado pela Record em 2011, também em Portugal, Itália e França. Escreveu os livros infantis Curupira Pirapora (Tinta da China, Prêmio da FNLIJ) e Tanto Mar (prêmio da ABL). Um dos seus mais recentes romances, “Paraíso”, foi publicado no Brasil no final de 2014, pela editora Foz.