Abril - 2020 - Edição 255

Rubem Fonseca

(11/05/1925 – 15/04/2020) Escritor brasileiro, ganhou vários prêmios, entre eles a Coruja de Ouro, o Kikito do Festival de Gramado, o Prêmio Jabuti e o Prêmio Camões. Rubem Fonseca nasceu em Juiz de Fora, MG. Estudou Direito na Universidade do Brasil, hoje Universidade do Rio de Janeiro. Entrou para a polícia como comissário do Distrito Policial de São Cristóvão. Trabalhou pouco tempo nas ruas. Era um policial de gabinete, cuidava dos serviços de relações públicas da corporação. Em 1953, foi escolhido para se aperfeiçoar nos Estados Unidos. Durante esse período, fez mestrado em Administração na New York University. Regressou ao Brasil em 1954. Argumentista e roteirista de filmes, exerceu essas atividades paralelamente ao trabalho na Light do Rio de Janeiro. Em 1958, foi exonerado da polícia e se dedicou integralmente à literatura. Estreou na literatura com o livro de contos Os Prisioneiros, em 1963. É considerado um dos maiores ficcionistas do Brasil. Retrata em seus livros o mundo violento das cidades. Seu livro de contos Feliz Ano Novo, publicado em 1975, foi recolhido pela censura no ano seguinte. Só foi liberado em 1989, depois de longa batalha judicial. Recebeu o prêmio Coruja de Ouro, pelo roteiro de Relatório de um Homem Casado. Recebeu o prêmio Kikito, do festival de Gramado, pelo roteiro de Stelinha. Recebeu o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte, pelo roteiro de A Grande Arte. Recebeu o Prêmio Jabiti e o Prêmio Camões.

Luiz Alfredo Garcia-Roza

(16/09/1936 – 16/04/2020) Escritor e psicanalista brasileiro, casado com a psicanalista e também escritora Livia GarciaRoza. Foi professor emérito da UFRJ, onde criou o Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica. Sua obra psicanalítica inclui Freud e o Inconsciente, O Mal Radical em Freud e Introdução à Metapsicologia Freudiana (3 vols.), entre outros. Estreou na literatura de ficção em 1996, aos 60 anos de idade, com a obra O Silêncio da Chuva, que lhe rendeu, em 1997, o Prêmio Jabuti. Suas histórias se passam, no Rio de Janeiro, entre Copacabana e o bairro Peixoto. O delegado Espinosa, cuja delegacia se localiza em Copacabana, é seu personagem mais emblemático. O único romance do autor em que o delegado não aparece é Berenice Procura, de 2005. Teve obras adaptadas ao cinema, como: Achados e Perdidos, em 2006. Berenice Procura foi destaque na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, no Festival Mix Brasil e no Festival do Rio em 2017, além de ter percorrido alguns países através do Festival Brasileiro de Paris, do 34º Chicago Latino Film Festival, da 9ª Edição do Festival de Cinema Cidade do Luxemburgo e do Festival Internacional de Cinema Brasileiro em Milão. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 16 de abril de 2020.

Rubem Alves

(15/09/1933 – 19/07/2014) Teólogo, educador, tradutor e escritor brasileiro. Autor de livros de filosofia, teologia, psicologia e de histórias infantis. Criado em uma família protestante, tornou-se pastor. Entre 1953 e 1957, cursou Teologia no Seminário Presbiteriano de Campinas, São Paulo. Em 1968, foi perseguido pelo regime militar brasileiro, que o acusou de subversão. Viajou aos EUA, onde cursou doutorado em filosofia na Princeton Theological Seminary. Nos anos 1970, Rubem Alves ensinou filosofia na Universidade de Campinas (Unicamp). Ocupou diversos cargos, entre eles, o de Diretor da Assessoria Especial para assuntos de Ensino, de 1983 a 1985. Nos anos 1980, torna-se psicanalista através da Sociedade Paulista de Psicanálise. Passou a escrever nos grandes jornais sobre comportamento e psicologia. Dos vários livros que Rubem Alves publicou, vale a pena destacar O Que é Religião? (filosofia e religião), A Volta do Pássaro Encantado, O Patinho que Não Aprendeu a Voar (livro infantil), Variações sobre a Vida e a Morte (teologia) e Filosofia da Ciência (filosofia e conhecimento científico). Faleceu em Campinas, São Paulo, no dia 19 de julho de 2014.