Jornal de Letras

O presidente do Sistema Confederação Nacional do Comércio – Sesc/Senac, José Roberto Tadros, tomou posse na cadeira número 9 da Academia Carioca de Letras, que celebra 99 anos este ano.

Durante a cerimônia de posse, que aconteceu na sede da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no Rio de Janeiro, o reitor da Universidade Santa Úrsula, Paulo Alonso, fez um belo discurso de saudação, destacando seu papel na educação, como professor e também à frente do Sesc e do Senac no Amazonas e, hoje, em âmbito nacional, bem como seu reconhecimento com diversas honrarias nacionais, estaduais e municipais: “José Roberto Tadros reúne qualidades raras: ética, disciplina, coragem e visão transformadora. Sua trajetória é marcada pela inovação e pelo compromisso com a cultura e a sociedade.”

Paulo Alonso ressaltou que Tadros foi eleito por aclamação pelos 40 acadêmicos e acadêmicas que compõem a entidade – que vai celebrar seu centenário em 2025 – destacando suas origens e raízes sólidas: “O homenageado é, como ensina Confúcio, de fato um homem de valor e é capaz de ser generoso sem ser pródigo; fazer o povo trabalhar sem nele suscitar ressentimentos; ter aspirações sem ser ávido; ser grandioso sem ser arrogante; ter autoridade sem ser duro. José Roberto Tadros é integrante da quarta geração de uma família de industriais e comerciantes, com experiência de 145 anos de trabalhos prestados ao desenvolvimento da Região Amazônica.”

Em seu discurso de agradecimento, o novo acadêmico saudou os presentes e os antigos membros da entidade, incluindo o patrono da cadeira número 9, Martins Pena, o fundador Alvarenga Peixoto e seu último antecessor, Gilberto Mendonça Teles: “A Academia Carioca de Letras nos une no tempo e na história, sobretudo contra o esquecimento e em memória de todos que por aqui passaram. Evoco a grandeza dos que vieram antes de mim, enaltecendo suas obras e seus exemplos de vida.

Assim, a memória perdura, justificando a imortalidade que a Academia nos confere. Minha gratidão sincera a cada um e a cada uma que acreditou na minha capacidade de continuar a luta e a defesa da literatura e cultura”, assinalou Tadros, ressaltando o papel da Academia: “Promover a Cultura é desafio interminável, que convoca o melhor da inteligência humana, o engajamento do corpo e da alma e a sincera adesão do sentimento. Se não houver o brilho nos olhos, não adianta. É ele que expressa o alinhamento entre a palavra e a ação. E promover a Cultura é agir. É interferir na realidade. É provocar a mudança. É tornar o mundo mais belo e mais instigante. É propor às pessoas uma análise nova e surpreendente sobre a realidade. É o que a cidadania pede, hoje, de entidades como a nossa Academia Carioca de Letras.”

Também estiveram presentes à mesa da posse o ex-ministro e consultor da Presidência da CNC, Bernardo Cabral; o presidente da Academia de Letras Jurídicas, Francisco Amaral Neto; o presidente do PEN Clube do Brasil, Ricardo Cravo Albin; o presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros, Sydney Sanches; o acadêmico Arno Wehling; a presidente da Academia Carioca de Direito, Rita Cortez; e a presidente da Academia Luso-Brasileira de Letras, Maria Amélia Palladino.

Por Manoela Ferrari