Março, 2025 - Edição 305

Entrevista com Gilberto Schwartsmann - Obras raras

Entrevista transmitida em nível nacional, no Programa Identidade Brasil, apresentado por Arnaldo Niskier no canal Futura

Arnaldo Niskier: Hoje, com um prazer imenso, recebo a visita do médico, professor, acadêmico da Academia Nacional de Medicina, Dr.Gilberto Schwartzmann. Ele vai fazer uma exposição épica na Academia Brasileira de Letras e vai nos contar as novidades sobre essa exposição. Por que essa ideia, Gilberto, de trazer para a ABL a sua exposição?

Gilberto Schwartsmann: Em primeiro lugar, quero agradecer essa oportunidade. É uma honra muito grande poder trazer um pouco do meu acervo de primeiras edições de obras raras, porque, como tu bem sabes, é uma paixão muito solitária. O amor ao livro é algo muito solitário, então essas oportunidades de poder expor as próprias entranhas literárias é muito bonito. Como oportunidade, eu fico muito honrado. Isso começou com uma iniciativa da Academia Nacional de Medicina, a partir de uma exposição que eu fiz em Porto Alegre, na Biblioteca Pública do Estado. Fiz a curadoria sobre os 100 anos do falecimento de Marcel Proust. Então, os meus pares da Academia de Medicina, cuja sede é belíssima aqui na General Justo, aqui no Rio de Janeiro, me pediram que eu fizesse uma pequena amostragem do meu acervo de primeiras edições de obras raras e que levou a uma exposição recente que eu chamei de Babel Infinita. Porque a Babel infinita? Como Jorge Luis Borges, que é um autor que eu adoro...

Arnaldo Niskier: Você cita esse autor sempre...

Gilberto Schwartsmann: Tenho praticamente tudo em primeira edição do Borges, até contos antes de serem publicados em livros, quando um jovem escritor resolve mandar para uma revista uma primeira incursão literária. Então, tenho vários contos memoráveis do Borges antes de virarem livro. E eu achei que, como Borges fez muita crítica literária, sobretudo quando era mais jovem... Borges vai de Buenos Aires, menino ainda, para Genebra, porque o pai tinha a mesma doença que levou a cegueira do Borges. O pai e o avô também o tiveram.

Arnaldo Niskier: Como é o nome dessa doença?

Gilberto Schwartsmann: É uma doença degenerativa da retina. E ele, aos 55 anos, perde totalmente a visão. O pai foi a mesma coisa e o avô igualmente. Eles vão para a Suíça e depois de lá vem a Primeira Guerra, acabam ficando mais tempo na Europa, vão para Madrid e o Borges, nesse período, faz muita crítica literária e de muita qualidade. O Borges era um homem que adorava o plágio, mas o plágio entre aspas, o uso do que veio antes como matriz para sua própria literatura. Então, fiz a exposição de uma maneira em que essa Babel infinita, eu botei Babel infinita entre parênteses. Por quê? Porque ele tem um conto, a Biblioteca de Babel, em que ele fala de uma biblioteca que é toda em hexágonos,infinitos hexágonos, como ele diz, em que ali o dia que o homem desaparecesse e ele diz que desaparecerá pelo que tem feito. A gente até acha que isso é certo, pelas últimas notícias políticas, de guerras etc. O homem não aprende com a história. Então ele diz que quando o homem desaparecesse, a Biblioteca de Babel seria o retrato de nossa passagem pela Terra.

Arnaldo Niskier: É o que restaria

Gilberto Schwartsmann: Eu usei esse mote, vamos dizer, para fazer um retrato através do olhar do Borges sobre o cânone literário ocidental. Então, a exposição que foi feita na Academia Nacional de Medicina agora vem como uma nova Babel infinita a convite da ABL

Arnaldo Niskier: Não é a mesma exposição, você acrescentou...

Gilberto Schwartsmann: Não. É um desdobramento, porque a geografia da Academia Brasileira de Letras – que é uma oportunidade maravilhosa para mim, eu me sinto honradíssimo – tem nuances que nos permitem fazer um recorte do mesmo material, mas com uma distribuição espacial e uma estética muito diferente. Quem assiste às duas, vai ficar com uma surpresa muito positiva na minha opinião. Então, Borges falando sobre o acervo a partir de uma Babel, que é uma relação com o conto memorável dele, La Biblioteca de Babel. Então, essa é a ideia e quem faz a curadoria é Facundo Sarmento, que é um personagem que conhece muito Borges, e que vai contando através de vários painéis, ao longo da exposição, a relação da visão borgiana com as obras desse acervo. Esse acervo, na realidade, traz praticamente representações importantes de cada momento da literatura, a começar com os grandes clássicos, com Shakespeare. A dramaturgia de Shakespeare é o retrato do ser humano. É a primeira vez, depois da Bíblia, em que se tem um retrato antropológico do ser humano como ele é, com as suas nuances, não é?

Arnaldo Niskier: Gilberto, tem alguma obra particularmente do Shakespeare que tem encantado você? Como isso aconteceu?

Gilberto Schwartsmann: Claro que aqui eu trouxe alguns exemplos, mas eu tenho edições belíssimas no meu acervo. A dramaturgia do Shakespeare nos fala tudo sobre o ser humano. Nós conhecemos no dia a dia o Iago, o Hamlet, a Lady Macbeth que andam por aí, que fazem aquelas coisas que tornam as obras clássicas. Por que é que Shakespeare é tão atual? Porque ele fala das coisas que nós todos conhecemos, os nossos sentimentos, os clássicos são isso.

Arnaldo Niskier: E a ideia que alguns proclamaram, a meu ver ridiculamente, de que não era ele quem escrevia tudo o que saiu em nome dele. Isso tem procedência?

Gilberto Schwartsmann: Existiu umShakespeare, tem documentação muito robusta e sólida sobre uma pessoa Shakespeare, um homem nascido em Stratford-upon-Avon, que volta para lá na velhice. Sobre a vida familiar, se sabe muito, se sabe o nome da esposa, então existiu. E se foram vários autores que acabaram formando esse Shakespeare, que bom, porque a literatura... Isso é muito borgiano o que eu vou dizer e Eliot disse antes do Borges que, quando a gente escreve, quando um autor escreve, ele é ele e todos que vieram antes, todos os mortos da literatura de antes. Então, ninguém escreve, ninguém compõe uma canção a partir do nada, é o palimpsesto. Nós somos uma escrita sobre escritas anteriores. Então, o Shakespeare, mesmo sendo uma pessoa ou representando ele e outros autores, o que importa é o que fica, é o legado. Então, acho que a figura central dessa exposição é um painel em que coloco Shakespeare, coloco Dante com a Comédia, que é uma obra maravilhosa. O Dante é o primeiro a escrever poesia na linguagem do povo. Ele falava que queria escrever na linguagem que as mulheres falam nas ruas. Até Dante, não havia o italiano, ele une a língua italiana, o idioma. Então, Dante é fundamental. O Quixote de Cervantes, Cervantes é talvez um dos mais traduzidos. É extraordinário.

Arnaldo Niskier: Você tem uma vida cultural muito intensa. Hoje dirige a Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, com pleno apoio do governador do Estado. Queria saber um pouco sobre a sua vida fora a vida que você tem como um grande colecionador e médico ilustre.

Gilberto Schwartsmann: Tenho a honra de ter uma passagem muito interessante pela cultura, no Rio Grande do Sul. Isso é um privilégio. Eu me considero, nesse sentido, muito privilegiado. Eu comecei presidindo a Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, que é um grande evento na área das artes visuais. Presidi duas Bienais.

Arnaldo Niskier: Em Porto Alegre.

Gilberto Schwartsmann: Isso é do Mercosul, mas é em Porto Alegre. Era um grande projeto, liderei duas Bienais, uma sobre o papel da arte africana e afro-brasileira nas nossas artes e as tentativas de invisibilizar o negro na cultura brasileira. Uma Bienal muito corajosa, muito interessante. A outra sobre o feminino, sobre a mulher e o feminino, também é um meio...

Arnaldo Niskier: Isso é bem oportuno.

Gilberto Schwartsmann: No nosso país, infelizmente, homens e brancos têm um tipo de privilégio no dia a dia que mulheres e negros não têm. Então, é algo a ser corrigido, essas nossas dificuldades que têm relação com a nossa história de período escravagista. Quando você entra no museu hoje, em qualquer lugar do mundo, no Louvre, nós vamos olhar muito mais nos femininos do que artistas mulheres. Isso é um paradoxo. As mulheres são subrepresentadas e o corpo da mulher ainda é utilizado como matriz. Então, há muita coisa a ser feita em qualquer cultura, fortalecendo e dando o papel à mulher que ela merece na sociedade. Então, essas duas Bienais foram muito importantes para mim como experiência. Depois migrei para o Theatro São Pedro, que é o nosso grande teatro em Porto Alegre. Eu presidi o teatro durante vários anos, fizemos um projeto maravilhoso que eu tenho impressão de que vocês conheceram, que é o Multipalco, que são 25.000 metros quadrados de área de cultura.

Arnaldo Niskier: Você me levou lá para assistir.

Gilberto Schwartsmann: Áreas de teatros, música, dança. Isso foi muito importante paramim. De lá, eu passei para a Biblioteca Pública do Estado, que para mim foi um sonho, porque eu sou um homem que ama o livro, coleciono obras raras desde adolescente. Agora o governador me deu essa notícia maravilhosa, de que entregaria a orquestra sinfônica nas minhas mãos.

Arnaldo Niskier: Na sua competência. Você toca algum instrumento? Gilberto Schwartsmann: Eu sou um pianista razoável. Não um bom, mas razoável.

Arnaldo Niskier: Você sabe que o seu primo Salomão Schwartsmann, que foi diretor da Manchete em São Paulo durante muitos anos, era um belo pianista, o irmão também.

Gilberto Schwartsmann: Isso aí deve ser então a genética da família.

Arnaldo Niskier: Então, você está hoje cuidando da Orquestra Sinfônica. Gilberto Schwartsmann: Eu presido a Orquestra Sinfônica, que é um projeto maravilhoso, porque não é apenas uma orquestra profissional, 120 músicos, faz concertos todos os fins de semana, todos os sábados, com a maioria das vezes regentes convidados de fora do Brasil, solistas do Brasil e de outros países. É um projeto de todos os sábados às 17h, é um concerto, uma sala com 1100 lugares. Temos também uma orquestra jovem, uma escola da OSPA, que é para iniciação e inclusão social, com crianças de oito anos em diante para aprender música e usar a música como forma de cidadania.

Arnaldo Niskier: Então, você faz isso em cooperação com as secretarias de Educação e Cultura.

Gilberto Schwartsmann: Isso. Em março, começamos um projeto, mapeamos oito áreas de alta vulnerabilidade, no Rio Grande do Sul, para crime, droga. Temos um projeto com 250 adolescentes de cada uma dessas oito cidades, que representam regiões através da música, com os nossos músicos ensinando. Isso é muito interessante. Temos um coro sinfônico com cerca de 90 representantes, que é uma maravilha. Então, o projeto da Fundação OSPA, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, mas que é do Estado, tem esse nome por uma questão histórica, começou em Porto Alegre. É algo que me honra muito e eu me sinto muito feliz.

Arnaldo Niskier: E como é que o governador participa disso?

Gilberto Schwartsmann: O governo do Estado tem feito tanto por esse Rio Grande, sabe? Até vou me arriscar e dizer isso de uma forma mais poética e mais literária. Acho que o nosso governador, Eduardo Leite, é o governador da cultura. Eu o definiria como o governador da Cultura, porque ele nos deu, não só para a Biblioteca Pública, para o teatro, para a Bienal, para a orquestra, recursos e canalizou recursos numa capilaridade impressionante em todo o Estado. Cidades pequenas foram contempladas, restaurou teatros fora de Porto Alegre. Tenho uma trajetória ao longo de muito tempo nessa área. Ele é um homem que não precisa explicar a importância da cultura. Podemos começar o segundo capítulo da conversa. Aquele primeiro, que às vezes tem que se fazer com políticos, de explicar a importância das ações culturais na sociedade, com o governador Leite não precisa.

Arnaldo Niskier: Porque ele já tem uma iniciação grande na matéria.

Gilberto Schwartsmann: É um homem que vem de uma família de gente com interesses na cultura e ele é um jovem político maravilhoso, que tem uma coisa muito bonita, que acho que éuma coisa até, do ponto de vista filosófico, muito interessante, ele admite mais de uma verdade. Ele é capaz de conversar com alguém diametralmente oposto, politicamente, respeitosamente.

Arnaldo Niskier: Sabe ouvir.

Gilberto Schwartsmann: Pode haver mais de uma verdade. As pessoas, às vezes, não se dão conta que pode haver mais de uma verdade, e ele tem essa característica. É um político no melhor sentido da palavra, por essa capacidade de ouvir e de poder fazer política.

Arnaldo Niskier: E ele tem uma imagem nacional muito bonita e eu acho naturalmente saudável. Gilberto Schwartsmann é também um professor de oncologia. Ele se formou aqui, mas teve uma pós-graduação lá fora e é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, de oncologia. Dr. Gilberto, conte um pouco sobre sua experiência no magistério. Acho que o nosso público vai ter interesse em saber como é a sua vivência nessa área tão sensível que é a da oncologia.

Gilberto Schwartsmann: Eu me orgulho muito da minha posição como professor de oncologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, do Hospital das Clínicas, em Porto Alegre. Acho que talvez o grande ensinamento de um professor de medicina, em qualquer área, pode dar aos seus alunos, que é um ensinamento que vale para toda vida, é desenvolver essa capacidade de se colocar no lugar do outro, a empatia. Acho que isso é essencial para qualquer atividade humana e o médico, por excelência, deve sempre exercer essa capacidade de, ao decidir o destino de outras pessoas, do ponto de vista médico, sempre usar da sua empatia, se colocar no lugar do outro para ver se realmente tudo o que está sendo dito seria dito para alguém que ele ama, para ele próprio, para a esposa, para o filho. Isso é maravilhoso de ser dito para jovem. Sempre ensino isso como a coisa mais importante

Arnaldo Niskier: É a dúvida de um leigo. Hoje, a cura do câncer está bem avançada, não é? Antigamente não tinha chances.

Gilberto Schwartsmann: Eu vivi, em tempo real, os progressos mais maravilhosos da oncologia. Passamos de doenças incuráveis e fatais para altamente curáveis. Hoje, mesmo aqueles tumores mais difíceis, temos condições de tratá-los como doenças crônicas, como quem tem pressão alta, como quem tem diabete.

Arnaldo Niskier: Com radioterapia.

Gilberto Schwartsmann: E a gente acompanha e vai tratando. Além dos tratamentos terem evoluído maravilhosamente, em termos de curabilidade, de ganho de tempo de vida e de qualidade, os medicamentos são muito mais fáceis hoje. Peguei um período em que os remédios para dor eram injetáveis.

Arnaldo Niskier: Contra dor, tinha que sofrer dor.

Gilberto Schwartsmann: Exatamente. Então, hoje, todo cuidado do paciente é muito mais humanizado. E outro aspecto, terminou o tabu do monstro câncer. Tinha gente que falava “aquela doença”, nem pronunciava a palavra até no começo da minha carreira. Hoje é uma coisa que as pessoas conversam, enfrentam de frente. O preço de não enfrentar a verdade é a solidão, as pessoas não poderem conversar com a família, com os amigos com quem eles amam, sobre os seus problemas. E graças a Deus, Arnaldo, que hoje o enfrentamento dessa doença, que nós chamamos câncer, é, na realidade, um nome para múltiplas doenças diferentes que tem esse mesmo nome. Isso hoje é feito de uma maneira muito mais humanizada.

Arnaldo Niskier: E o Brasil, do ponto de vista científico, está avançado na matéria?

Gilberto Schwartsmann: Vou dizer de outra forma, eu formaria várias seleções brasileiras de especialistas em oncologia que hoje lideram serviços no mundo inteiro. Tenho ex-alunos, sou apenas um grãozinho de areia nesse universo. Tenho vários alunos hoje liderando serviços nos Estados Unidos, no Canadá, na Inglaterra, na França, no Japão. Ou seja, o brasileiro tem uma potencialidade... Não é bem essa pergunta, mas eu me lembrei do Darcy Ribeiro agora, acho que somos uma experiência de mestiçagem maravilhosa. Podemos ser um exemplo para o mundo, o dia em que o Brasil realmente se encontrar como nação, porque aqui temos a multiplicidade genética mais rica do planeta. E eu vejo os meus alunos, esses são pessoas que em qualquer lugar nos orgulham. Então, a medicina brasileira tem alto nível, não só na minha especialidade. Olha a cardiologia brasileira, olha a cirurgia plástica brasileira.

Arnaldo Niskier: Ivo Pitanguy de saudosa memória.

Gilberto Schwartsmann: Temos grandes exemplos de nomes assim que impactaram a história da medicina. Então, acho que o Brasil tem grandes contrastes. Temos que lembrar que, de cada quatro brasileiros, só um tem convênio. Então, três de cada quatro, só tem o SUS. Então, temos que ensinar para os alunos, na faculdade, que o paciente do SUS temos que tratar com todo respeito e carinho, porque nós somos os médicos particulares deles.

Arnaldo Niskier: Mas o SUS é um sucesso.

Gilberto Schwartsmann: O SUS é maravilhoso, o SUS é universal. As pessoas que viajam, caíam na rua, espero que não aconteça, nos Estados Unidos, não é assim que as pessoas são atendidas. No Brasil, qualquer pessoa brasileira ou não, que esteja por aqui, que precise de atendimento médico, pode contar com o sistema universal. O SUS é uma maravilha, é uma grande construção coletiva, só que precisa de mais gerenciamento, mais recursos e ter uma estrutura, mas é um modelo maravilhoso. Olhe o que aconteceu durante a pandemia, se não fosse o SUS. Os países desenvolvidos sofreram porque não tinha uma estrutura que valesse para todos.

Arnaldo Niskier: Como a nossa.

Gilberto Schwartsmann: Então, eu sou fã do SUS e sou orgulhoso de estar num país em que tem um sistema de saúde que é para todos. O Brasil precisa disso.

Arnaldo Niskier: Por que o público deve ir à Academia Brasileira de Letras assistir a sua exposição da Nova Babel?

Gilberto Schwartsmann: Porque o livro, na minha opinião, é como se a gente fizesse turismo sem sair de casa. Uma pessoa, numa biblioteca, pode abrir um livro e viajar, viver a vida de outra pessoa através de uma obra, visitar o país que ela jamais conheceria. A literatura, para mim, é linda porque nos faz viver todas as vidas que a gente pudesse sonhar.

Arnaldo Niskier: E você, indo à exposição na Academia Brasileira de Letras, no Centro da Cidade, vai ganhar muito em cultura e participação. Acho que é o recado final que devemos deixar com os nossos telespectadores, agradecendo a participação de vocês todos e particularmente do nosso querido amigo, Dr. Gilberto Schwartsmann.

Entrevista transmitida em nível nacional, no Programa Identidade Brasil, apresentado por Arnaldo Niskier no canal Futura