Setembro, 2024 - Edição 302

A premiada médica Margareth Dalcolmo recebe a mais alta honraria da França

A pneumologista e pesquisadora brasileira Margareth Dalcolmo recebeu o grau de Cavaleiro da Ordem Nacional da Legião de Honra, concedido pelo governo de Emmanuel Macron. Segundo o governo francês, este é um “reconhecimento por sua longa experiência na condução e participação em protocolos de pesquisa para o tratamento de tuberculose e doenças respiratórias, particularmente na África Subsaariana, o que ajudou a avançar a medicina nessas áreas”.

Além de sua atuação no combate às doenças na África, a conscientização promovida pela pesquisadora durante a pandemia de Covid-19 foi destacada. Em 2023, a capixaba também foi reconhecida com o Prêmio Hospitalar 2023 – Personalidade do Ano, em homenagem à sua significativa contribuição para o avanço da medicina, do atendimento médico-hospitalar e da qualidade de vida da população.



Além de médica pneumologista e pesquisadora sênior da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Margareth Dalcolmo é presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), professora da PUC-Rio, consultora da Organização Mundial da Saúde (OMS), estudiosa de doenças pulmonares, e uma das pioneiras na luta contra o tabagismo no Brasil. Ela é considerada uma das principais especialistas na área da saúde e referência no combate à Covid-19. A médica também é autora de um livro premiado. Em 2022, recebeu o Prêmio Jabuti na categoria Ciências pelo seu trabalho intitulado Um Tempo para Não Esquecer – A visão da ciência no enfrentamento da pandemia do coronavírus e o futuro da saúde.

Seu trabalho científico também foi reconhecido internacionalmente, com mais de 120 artigos publicados no Brasil e no exterior. Além disso, faz parte do Grupo de Peritos da OMS para aprovação de medicamentos essenciais e é membro do Comitê Consultivo Regional do Banco Mundial para projetos de saúde relacionados à tuberculose e doenças respiratórias ocupacionais. Nona mulher a se tornar membro da Academia Nacional de Medicina, a consagrada médica é uma poderosa voz na defesa da ciência.

Por Manoela Ferrari