Longevidade

Esta jovem francesa de Arles, do norte da França, que chegou a conviver com Vincent van Gogh, alcançou a idade de 122 anos, tendo participado de um filme intitulado Vincent e moi. A longevidade sempre foi motivo de permanentes buscas civilizacionais, mormente entre os alquimistas, que imaginavam ser o elixir da longa vida – dito Elixir da Imortalidade, a panaceia universal, curativo de todas as mazelas do corpo humano, a prolongar a vida de forma indefinida.

Os povos mexicanos já ingeriam el elixir de los dioses, chamado de Mezcal, que era aromatizado com quassia, carqueja, hibisco, camomila, quina, jurubeba, chapéu de couro, espinheira santa, ipê roxo, berinjela, losna e salsaparrilha, verdadeira infusão divinal.

Alessandro Cagliostro (1743-1795), alquimista, curandeiro, maçom, ocultista, tornou-se figura ímpar, icônica, na Itália, com fama de possuidor de poderes sobrenaturais, embora tenha falecido com 53 anos de vida, ao contrário de Matusalém, figura bíblica, avô de Noé, que teria vivido 969 anos, vindo a tornar-se o homem mais longevo.

Verdade ou fantasias bíblicas, em Gênesis, narrativas épicas, transmutadas em “verdades religiosas”, movidas pelo poder dos reis, dos copistas em monastérios, a serviço de interesses clericais, visionários, a mercê das lendas e tradições, alterativas em razão da vigência do aramaico, do grego, do latim e de tantas outras línguas translativas de verossimilhanças da comunicação humana.
Verdadeira Torre de Babel!

Atualmente, a inteligência artificial desenvolve estudos para os seres humanos alcançarem patamares de longevidade, alterando o mecanismo neural e substituição genética dos componentes corpóreos numa verdadeira e fantasmagórica modificação humanoide. Entrementes, os dirigentes dos impérios nacionais do orbe, em pleno século XXI, depois do avatar Jesus Cristo, ou seja d.C., devem recordar, sempre, a bem da verdade, que a civilização chinesa nasceu há 5.800 anos, a vivenciar o ano do Boi de Metal, que foi até 31 de janeiro de 2022.

Lamentavelmente, os homens ainda não se conscientizaram em viver em paz, limitados pelas guerras e sandices comportamentais, voltadas para a indefectível visão do poder, mola mestra da aura sacra fames.
Ainda querem viver no mundo sideral, em buscas de novos lares galácticos. Pobre ser humano…

Por José Carlos Gentili, um eterno aprendiz.