O território do corpo
Descobrir um país
Quando tudo é novo
Na euforia de um eterno começo
Sem medo do perder-se
Entre deltas e picos
Tendo por destino
O território do corpo
Singrar a loucura dos sentidos
– essa deliciosa bandeira
um ópio um calabouço –
Tendo uma venda nos olhos
– a da imagem-torso
Querer o desconhecido
O tátil um labirinto
Singrar sem rumo
A brincadeira do errar
Habitar esse porto
Ainda que instante
Como se fosse primeiro
Inocente infante
Como poema sem fim
Como nau errante.