Carta aberta ao senhor da guerra: Vladimir Putin
É fato que ninguém sai vitorioso de uma guerra, ainda que ganhe todas as batalhas,
conquiste territórios e cause sofrimento e morte a milhões de vidas humanas.
Aliás, ter sangue de inocentes nas mãos não é a melhor maneira de deixar um legado,
entrar para a História ou sair de cena depois que as cortinas da existência se fecharem.
Não importa quantas vidas um homem tire. A sua inexoravelmente mais cedo ou mais
tarde terá o seu encontro com a morte. Os senhores da guerra, incluindo o senhor, também
serão cremados ou sepultados sob 7 palmos de terra.
Não há honra em se fazer uma guerra, Sr. Putin. Principalmente quando ela pode ser
evitada por meio do diálogo entre os povos.
Ainda há tempo: consulte sua consciência e o seu coração, e depois os seus ministros e
os seus soldados. E se isso não for o suficiente para parar essa guerra, seja humilde e consulte
DEUS! A PAZ é fruto de mentes e corações que subjugam o ego; o inimigo não está no outro,
está em nós mesmos.
Não sei se o senhor tem esposa e filhos. Se os tem, lembre-se que do outro lado há
centenas de pais que estão fugindo ou sendo mortos com as suas crianças.
Como humanidade trazemos em nosso currículo existencial dezenas de guerras. E eu
me recuso a acreditar que o senhor, um homem culto e inteligente, já tenha esquecido dos
horrores que o seu país e os demais enfrentaram durante a Segunda Guerra Mundial.
Por favor, Sr. Putin, em nome das crianças e dos idosos, dos jovens e seus sonhos, dos
pais e seus filhos... não permita que mais uma vez a guerra com todo o seu cortejo de morte,
lágrimas, sangue, luto e destruição ponha suas garras na face da terra.
Retorne ao diálogo: evite um derramamento de sangue e poupe a vida de milhares de
inocentes.
O mundo não precisa de Chefes de Estado que enterrem a PAZ sob os escombros da
guerra. Mas de líderes verdadeiramente humanos que façam da PAZ um caminho único para
que todas as nações possam trilhar juntas.
Homens sábios, inteligentes e bons, substituem o campo de batalhas pela mesa de
negociações. Ponha a mão na consciência e peça aos seus soldados que tirem as mãos do
gatilho.
Use a sua voz e o seu coração para impedir que russos e ucranianos passem mais uma
vez pelo inferno de um conflito armado, onde não importa o lado, não haverá vencedores,
apenas vencidos: mortos ou vivos.