Junho, 2021 - Edição 268

Palavras que cantam Esperança

Nem tudo é bom, nem tudo é mau. E em ambos os casos há sempre uma lição a se aprender, ainda que nos seja ensinada por um ser invisível aos nossos olhos. Poucas respostas e milhares de perguntas; conhecimento e fé, pesquisas e trabalho, solidariedade, fake news, ganância e ignorância, despedidas sem adeus... ingredientes de mais uma pandemia. E essa veio nos ensinar que “Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia” e que “Daqui pra frente tudo vai ser diferente, você tem que aprender a ser gente, seu orgulho não vale nada, nada...”

Cada um no seu ritmo “Caminhando e cantando e seguindo a canção” porque a “Vida vem em ondas como o mar no indo e vindo infinito”. “E há tempos nem os santos têm ao certo a medida da maldade; há tempos são os jovens que adoecem; há tempos o encanto está ausente e há ferrugem nos sorrisos; só o acaso estende os braços a quem procura abrigo e proteção.”

Chegou “Um tempo quando nós ouvimos uma chamada certa, quando o mundo precisa ser um só; há pessoas morrendo, oh é hora de dar uma mão para a vida, o maior presente de todos. Não podemos continuar fingindo dia após dia de que alguém, em algum lugar, logo fará a mudança. Nós somos partes da imensa família de Deus e a verdade você sabe, amor é tudo o que a gente precisa”. E sim, “Vamos precisar de todo mundo, um mais um é sempre mais que dois, pra melhor juntar as nossas forças é só repartir melhor o pão. Recriar o paraíso agora para merecer quem vem depois. Deixa nascer, o amor, deixa fluir, o amor, deixa crescer, o amor, deixa viver, o amor o sal da terra”.

Compaixão pela dor alheia. Estamos todos atravessando o mesmo deserto e “Enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso, faço hora, vou na valsa, a vida é tão rara. Enquanto todo mundo espera a cura do mal, e a loucura finge que isso tudo é normal, eu finjo ter paciência” porque sei: “Mas é claro que o sol vai voltar amanhã, mais uma vez. Escuridão já vi pior de endoidecer gente sã, espera que o sol já vem.” Pois “A água viva ainda está na fonte, você tem dois pés para cruzar a ponte. Nada acabou, não, não, não”. “Sigamos com fé, porque a fé não costuma faiá.” E o Senhor nos diz: “Como uma ponte sobre águas turbulentas Eu me estenderei...” Seja forte e “Se o céu acima de você se tornar escuro e cheio de nuvens e aquele antigo vento norte começar a soprar, mantenha sua cabeça sã e chame meu nome em voz alta e logo eu estarei batendo na sua porta”. Coragem, não desanime, você não está sozinho. “Não diga que a vitória está perdida, tenha fé em Deus, tenha fé na vida”, e se você cair, “Reconhece a queda e não desanima, levanta sacode a poeira e dá a volta por cima”.
Este texto foi produzido com letras de músicas dos seguintes artistas: Lulu Santos, Roberto Carlos, Geraldo Vandré, Renato Russo, Michael Jackson, Beto Guedes, Lenine, Raul Seixas, Gilberto Gil, Elvis Presley, James Taylor e Bete Carvalho.

Por Peilton Sena – aprendiz de poeta e membro da Academia Santista de Letras.