Maio, 2021 - Edição 266
Intercâmbio com Israel
Com os recursos da internet, foi realizada uma live da Academia
Brasileira de Letras com a Academia de Letras e Humanidades do
Estado de Israel. Do lado brasileiro, participaram os imortais Marco
Lucchesi (presidente), Arnaldo Niskier, Celso Láfer, além do presidente
da Academia Brasileira de Ciências, Luís Davidovich. Entre os israelenses, Madame Nili Cohen (presidente), os professores Sergio Hart, Yosef
Kaplan e Moti Segev, além das professoras Gália Finzi e Jô Cohen. Foi
uma saudável troca de ideias, para ativar o intercâmbio científico e tecnológico entre os dois países amigos.
Da minha parte, recordei o encontro realizado em 1968, no Rio de
Janeiro, por iniciativa do empresário Adolpho Bloch, na época guindado
à presidência da Sociedade Brasileira dos Amigos do Instituto Weizman
de Ciências. Vieram ao Brasil, com muito proveito, os cientistas Amos
de Shalit, Michael Feldman, Chaim Pekeris (pai do computador Golem)
e Amos Chorev. Esse intercâmbio prosseguiu vinte anos depois, quando
veio ao Rio o genial cientista Albert Sabin, autor da vacina oral contra a poliomielite, e que, na ocasião, presidia o Instituto Weizman de
Ciências. Continuou a troca de informações.
O cientista Moti Segev falou agora na realização de projetos envolvendo as cidades do Rio, São Paulo, Pernambuco e Pará, valorizando a
dimensão internacional das Academias. Quando a palavra foi dada ao
acadêmico Celso Láfer, lembrou do potencial da Universidade Hebraica
de Jerusalém e também dos importantes núcleos científicos de Haifa e
Tel Aviv.
Falei das variadas conquistas científicas do Estado de Israel e
como isso poderia estar beneficiando o Brasil. Um bom exemplo é a
existência do soro nasal de combate à Covid, remédio que é único no
mundo. E como o Technion de Haifa desenvolveu o exame de sangue
que pode detectar diferentes tipos de câncer. E outras inovações do
Curlight Laboratóries e do Given Imaging Laboratory, com as pílulas que
podem descobrir anomalias no trato digestivo. São dezenas de projetos
de grande êxito.
Por fim, fiz referência ao CHCJ (Centro de História e Cultura
Judaica), presidido por Daniel Miguel Klabin, que poderá estar presente
nesse importante trabalho de intercâmbio. Que venham as ações objetivas.