Maio, 2021 - Edição 267

É tempo de misericórdia

De forma especial, em 2021, é preciso compreender, independentemente de crença religiosa, que em tudo deve prevalecer o amor ao próximo, de forma a que todas as pessoas tenham direito à vida com dignidade e respeito. Perdoar o outro e também a nós mesmos. Por que, às vezes, somos tão duros e não nos perdoamos, por exemplo quando não atingimos um objetivo? A Semana Santa traz luz para a nossa vida, abre caminhos, lembra a misericórdia de Jesus, como ele fez na passagem citada em João 8, 1 -11. A sociedade daquele tempo quis apedrejar a mulher por considerá-la em pecado. Mas Jesus os advertiu e eles se foram. O que fez Ele: “Onde estão os que te condenavam? Também eu não te condeno, vá e não peques mais!”

Quando hoje vemos os mais de dois milhões de mortos no mundo, vítimas de Covid-19, nesta avassaladora pandemia do novo coronavírus, abrangendo inúmeros países – Reino Unido, Rússia, México, Irã, Índia, Estados Unidos e tantos outros; e o Brasil com mais de 310 mil mortos se destacando como o segundo em número de vidas perdidas, atrás apenas dos Estados Unidos, temos mesmo que pensar como anda o mundo, quanto de pecado há. São milhões de pessoas sem recursos, sequer de sobrevida, sem assistência à Saúde, Educação, sem moradia.

E, agora, o Brasil ainda com mais empresários, também os trabalhadores da informalidade sem ter como trabalhar; as empresas fechando suas portas, demitindo; a pandemia que não cessa; a falta de um direcionamento governamental; o desrespeito à vida... É oportuno que se considerem as mensagens que a Semana Santa proporciona.

É tempo de os povos se unirem em oração pela vida de todos; de fazer cessar a corrupção, os desvios de verbas na vida política em benefício próprio à revelia do bem-estar do povo; é tempo de estender um olhar de compaixão pelas famílias enlutadas; de agir para sanar a insegurança que vivemos hoje. Torna-se gritante a necessidade de cada pessoa compreender quão importante é o seu papel para uma vida na unidade, podendo, assim, viver a Páscoa e dela ser testemunha viva.

Por Margarida Drumond de Assis - Presidente coordenadora da Associação dos Jornalistas e Escritoras do Brasil – AJEB, Coordenadoria do Distrito Federal – AJEB/DF; diretora de Letras da Academia de Letras e Música do Brasil – ALMUB..