Boas histórias e Boas Festas!

Nossa página, enriquecida com os lançamentos, repleta de boas histórias cheias de esperança, amizade e amor. Que estes belos livros possam ser incluídos nos presentes natalinos dos pequenos. Boas Festas!

Dom Quixote – A história de Cervantes recontada pelo acadêmico Arnaldo Niskier e belamente ilustrada por Mário Mendonça (Edições Consultor) ganha uma nova edição que realça o projeto gráfico de Isio Ghelman. As lembranças da peça homônima que nos encantou nos tempos da Manchete e que inaugurou o Teatro Adolpho Bloch, são reavivadas e nos vemos assistindo Paulo Autran, Bibi Ferreira e Grande Otelo nos papéis principais. Dom Quixote nos traz a esperança e a fé nos sonhos dos que lutam por um mundo melhor –, mesmo que sejam difíceis de alcançar!

Amanhã – Texto e imagens de Lúcia Hiratsuka (Pequena Zahar) – A delicadeza do traço de Lúcia nos conduz, suavemente, a três momentos, três gerações, três meninas a caminho da escola. Momentos de dificuldades, obstáculos, mas repletos de esperança e otimismo. Como sempre, a autora nos presenteia com um lindo livro que traz um pouco das memórias de sua família.

A Arca do Coala – Texto e ilustrações de Stephen Michael King (Brinque-Book) – A solidariedade está presente nessa obra encantadora de Stephen que sempre nos emociona com seus livros (vocês se lembram de Três?). Indignado com incêndios que aconteceram de forma assustadora na Austrália, país onde mora, e com a sorte dos animais que precisavam sair do calor do fogo, o autor cria uma espécie de “arca de Noé” e o Coala sai em busca dos amigos, para resgatá-los.

O Segredo do Lutador – Texto de Duda Soares e ilustrações de Lya Alves (Edição do Autor) – Duda é um amigo querido que me fez retornar à atividade de editora, e, com o auxílio de Rachel Rennhack no projeto visual e na diagramação demos vida a uma história real, de amizade, companheirismo e superação através do esporte. Ter coragem para cair, respeitar o adversário, ser humilde na vitória e encarar a derrota como um desafio são obstáculos a serem superados e devem ultrapassar os limites do tatame!



Ser o que se É – Pedroca Monteiro e Daniel Kondo (que também ilustrou) criaram quase um livro brinquedo, onde as diferenças, a diversidade, as escolhas são estabelecidas pelos leitores (Companhia das Letrinhas). “Ser o que se é – é ser livre e ser exatamente como você se sente ser” – você pode ser craque no futebol, dançar balé, ser um “crânio” em matemática, um exemplo na ciência, uma grande cantora... você decide. Com a criatividade genial da diagramação com recortes, o livro permite diferentes escolhas e mostra que o respeito às diferenças é fundamental na vida em sociedade. E concluo afirmando que não é preciso usar azul ou rosa, podemos usar as cores do arco-íris, como fizeram os autores!

Meu Pai, Minha Rocha – Vitor D. O. Santos escreveu e Anna Forlati ilustrou (Abacatte) – Às vezes, uma pergunta sutil pode gerar um monte de ideias. Assim nasceu essa história. Por não conhecer o avô, o menino indaga por ele. Mas o pai também não o conheceu... Não há referências ao fato, porém motivado, o menino começa a descrever o pai, apresentando-o ao suposto avô desconhecido. Uma linda declaração de afeto, companheirismo, confiança e orgulho. Tudo isso realçado pelas lindas ilustrações.

Super-Ulisses – Texto de Caio Tozzi e ilustrações de Renato Drigues (Escarlate) – Fiquei pensando, ao terminar a leitura, numa certa proposta de escola sem opinião, ou sem discussão, ou sem partido. Esse livro genial apresenta situações que permitem um amplo debate em sala de aula: o que está acontecendo na cidade? Onde estão os livros? Quem será o responsável? Assim, é possível discutir sobre política sem que se fale em política; discutir sobre valores, sem que eles sejam mencionados; refletir sobre violência, mesmo sem vê-la diretamente. Ótima história, criativa, inteligente, mágica, que me permite afirmar que tudo vai melhorar e que escola é o melhor lugar para debater questões que nos afligem. Obra finalista do Prêmio Jabuti 2022.